1/2 diário de 2009

CONSELHEIRO LAFAIETE, Primeiro semestre de 2009.

Estas “confissões” foram escritas por mim aos 15 anos de idade em uma agenda, que fiz de diário. Quando a reencontrei, aos 22 anos de idade, resolvi redigir e postar aqui todo o seu texto.

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JANEIRO

01/01

O meu primeiro dia do ano foi uma grande festa. Passei o Réveillon na casa da minha tia Luzia. Lá tinha bastante gente, comida boa e bebida farta. À tarde, mexi no computador com meu primo Gabriel. Nós (eu, a Núbia e ele) jogamos forca, corrida, etc. {Acho que inclusive desenhamos um pouco no Paint.} Quando voltei, recebi a ligação do meu primo Deninho (o Maydson). Ele disse que viria à minha casa. Acabou dormindo aí [aqui].

02/01

Comecei o ano jogando Banco Imobiliário e, pra variar, perdendo. Após a partida, fui no [ao] mercado pra minha avó e comprei o meu chocolate preferido: Batom. Voltei a jogar, perdi de novo. Ah, mas se fosse uma boa partida de xadrez! A vontade de viajar me atiça cada vez mais. Só imagino o tempero da comida da tia Eva.

03/01

Hoje não ocorreu nada de importante que eu possa contar com prazer. Finalmente acabei de tomar meu remédio de desenvolvimento corporal. Parei pra pensar o que eu quero melhorar nesse [neste] ano que entrou. Cheguei a várias conclusões. Inclusive vou ter que fazer Educação Física (não gosto), pois o professor é duro na queda, mas vou levá-lo no papo.

04/01

Oi!!! Termino mais um dia das minhas preciosas férias. À noite, recebo [recebi] duas propostas de trabalho: monitorar numa Lan House {Não faço ideia de qual seja} e ser um jornalista mirim para o Correio da Cidade. De cara, aceitei os dois pedidos, mas não quero deixar o meu aluno Maycon na mão. {Lembro que dei aula particular pra ele por cinco anos, a iniciar em 2008, eu acho.} Agora termino o dia cheio de fatos polêmicos: smach. {Nossa, nossa! Acho que beijei alguém, hahaha.}

05/01

O dia foi todo medíocre. À noite, minha mãe contou diversas histórias dos seus complicados relacionamentos. {Disso eu me lembro como se fosse ontem.}

06/01

Hoje é dia de Folia de Reis. Deve-se fazer simpatia com romã para conseguir prosperidade, harmonia, paz, saúde e muito, muito dinheiro no bolso.

07/01

Bom dia! Já é tarde. Perdi a hora para acordar. Também, eu tenho dormido muito tarde. Não sei se justifica, mas é bom mencionar. Eu não gosto muito de números múltiplos de sete, principalmente o catorze. {Provavelmente eu tenha tido alguma decepção com esse número. Não se pode deixar de dizer que, posteriormente, morreram a Fernanda, irmã do Matheus, e o meu avô Jacob, ambos em dias 14 de diferentes meses. Parece que eu já sentia algo estranho envolvendo esse número.} O mundo guarda as desgraças para esse dia. Hoje, pela primeira vez, eu vi um mosquito da dengue vivo, no meu braço. Pela manhã, fui à lage [laje] estudar.

08/01

Hoje fez um calorão danado. O sol castigou quem ele desafiasse [a ele desafiasse?]. Mesmo assim, resolvi insistir em sair de casa. Considero este dia especial para chegadas e cortes. O primo do Nego, Juninho, chegou em três meninas: Jéssica, Cecilaine e Claudinha. Ficou explícita na cara de cada uma a indiferença. Obs.: Anderson e Nego se engalfinharam mais uma vez. {Acontecia sempre! Até hoje eles não se suportam, hahaha.}

09/01

É aniversário do Bruno. Hoje ele faz 15 anos. É onze dias mais velho que eu e onze vezes menos racional (kkk). Minto; há áreas como mecânica e autopeças que ele me dá um show de lavada. {Acabei de tomar um chá horrível, mas garanto que a careta que fiz não foi pior que a de agora. Sério que eu escrevi isso? SHOW DE LAVADA? WTF???} No comecinho da tarde, fui à sua casa parabenizá-lo. Igualmente em todos os anos, não o encontro, mas deixo meus votos para um dos seus familiares transmitir.

10/01

Ultimamente tenho conversado muito com o Anderson. Acho que o seu papo e sua inteligência ética {What?} evoluíram ao máximo. Mas tem horas que eu [me] canso de trocar ideias. Hoje conversei tanto que minhas cordas vocais nunca mais serão as mesmas. Obs.: a vizinha nova {Delsyane, chamada por muitos de Deusa das pernas douradas, a Kenga; também muito parecida com a Rihanna em Umbrella.} está atraindo muitas atenções. Os olhos se fartam ao olhá-la.

11/01

O dia demorou pra passar! As férias já estão acabando, pois só falta o mês acabar pra começar tudo de novo. Logo vem o carnaval e, com ele, muitos sonhos: ir pra Bahia, curtir a praia, lidar com o calorão, conhecer muita gente nova, etc. Eu e a Renata estamos planejando juntar um dinheirinho pra, quem sabe em 2012, conhecer Salvador. {PS: Ainda não conhecemos, só a Núbia a conhece.}

12/01

A minha tia Teresa levou os dados da minha máquina de escrever pra ver se encontra fita pra ela em Belô. {2016: sem resultados ainda, kkk.}

13/01

Adoro os dias treze. Pra muita gente esse é um número de muito azar. Pra mim, e alguns invejosos, é a data pra realizações marcantes.

14/01

Hoje fiz um chat para meu amigo {o qual não faço ideia de quem seja}. Acredite que o garoto [se] empolgou e não para mais de acessar. Concordo: ele tem PC em casa e, com tanta gente divertida online, pra que deixar de teclar? Graças a esse novo programa que eu instalei em seu Orkut ele ganhou uns 10 amigos, incluindo MSN {Ahn?!}. O bom é que não aparece a foto da gente lá.

15/01

Eis o dia intermediário do mês. Ao contrário do que muitos dizem, compras não tem data especial para serem feitas. As da minha avó foram hoje. Na volta do supermercado, eu e a Renata chegamos molhadinhos. Em seguida, fomos tomar banho. O Nego {com quem mal falo atualmente} ainda me chamou pra entrar no chat. Eu demorei pra ir à sua casa.

16/01

Hoje foi o último dia de A Favorita, novela exibida em horário nobre por Manuel Carneiro {tenho certeeeeza de que foi escrita por ele, mas exibida pela Rede Globo, haha}. Tudo teve de ser antecipado pelo fato de a Flora {Patrícia Pilar}, vilã, estar com um problema nos osso na vida real. Passou também, pela última vez, a minissérie que começou dia cinco: “Maysa: Quando Fala O Coração”. Grande artista {Larissa Maciel}.

17/01

Duas coisas que eu amo... Uma das minhas músicas prediletas {Sufoco – João Bosco e Vinícius} e o meu chocolate {Batom, da Garoto}. {Deixei uma folha pregada na página do dia 17 com a letra completa da música e o embrulho do chocolate.}

18/01

O meu pai apareceu. É a primeira vez que eu o vejo no ano. Quem, também, ficou feliz em [ao] vê-lo foi a tia Tereza. Eles combinam muito. Ela veio com a minha tia Janete, também bastante querida. Pela primeira vez, tive prazer em comer bolinho de chuva. Até que acompanhado com suco é bom! {Mentira. É sempre horrível!}

19/01

A Renata fez um bolo de chocolate, coco e doce de leite para o meu "níver". Não vejo a hora de degustar. Hoje começa Caminho das Índias {novela a qual está passando de novo, após seis anos, no Vale A Pena Ver De Novo}.

20/01 – MEU ANIVERSÁRIO

Quinze anos! Às vezes acho serem muitos, outras, poucos, insuficientes. Mas cada idade é sagrada! Ganhei presentes! {Eu acho que deveria ter escrito mais sobre essa data, mas faltou espaço.}

21/01

Acordo e ainda penso ser aniversariante. Vou logo tomar café com pão e manteiga. Depois, acabo por comer uma fatia de bolo de chocolate com coco e doce de leite {menino, é óbvio que seria o bolo da noite anterior...}. Que delícia! Foi a Renata que fez {você também já havia dito isso...}. Antes ela só sabia fazer pavê de biscoito com morango. Houve um grande avanço, né? Brincadeirinha, claro.

22/01

Sonho na expectativa de um pagamento que meu pai tem para receber. Quando ele estiver com esse dinheiro em mãos, vou ter de reformar minha mochila (mofou nas férias), comprar os meus materiais escolares, os de minhas irmãs e outras coisinhas. Penso também em comprar um MP3, azul ou prata {este nunca foi comprado...}.

23/01

A ideia do MP3 só me intriga. Já começo planejando as melhores músicas pra colocar lá. Pra começar, tem de ter espaço pra todas as músicas do James Blunt {WOW, eu já o apreciava! Good!} que eu conheço: You’re Beautiful (Letícia), Carry You Home (Marcellen), Same Mistaque [Mistake] (Cecilaine), Beautiful Girl {na verdade a música se chama High} (Letícia), Love, Love, Love (Marcellen), 1973 (Cecilaine).

24/01

A Nilce me convidou para participar do ProJovem. Parece-me que lá se ensina jardinagem, arte e muitas outras coisas úteis no cotidiano. Além de aprender bastante e sair com diploma, se ganha uma mensalidade de R$130,00. Pode ser que seja mais ou menos. Mas não me hesito {What?}, o importante é receber. {Não entrei pro ProJovem, mas em 2010 eu participei do Projeto Linha Verde, parceria do Lar de Maria com a MRS Logística. Lá eu recebia R$150,00 por mês.}

25/01

Não dá nem pra imaginar quanta gente veio aqui em casa hoje. Ao cair da tarde, o Bruno César esteve aqui e me perguntou se iria dar-lhe algumas aulas de língua portuguesa {me lembro de que envolvia as orações subordinadas e coordenadas, o que me dava o maior prazer em saber PRA MIM MESMO}. Acontece que ele caiu numa prova que irá se realizar dia 30, a qual ele deve tirar 60% {valor mínimo}. Caso não consiga, bomba! {Posso parecer cruel, mas desejei muito que ele fosse reprovado. Não aguentava mais estudar com ele, poxa! Que menino chato, irritante...}

26/01

A Marcellen vai se mudar novamente para os Moinhos {bairro não muito distante do meu}. De lembrança, tenho as palavras, os sorrisos, o ciúme e a carta. {Sofri muito quando soube que ela iria se afastar, mas algo muito bom no destino não deixou que acontecesse! Fiquei muito mais contente com a “continuação de sua presença”...}

27/01

Todo mundo sabe que as lembranças não são apagadas. Após me deitar, milhares delas vieram à tona. {Quisera eu, agora conhecedor do futuro, poder me avisar que ela ficaria perto de mim ainda por muitos meses. Não era minha namorada, mas eu cultivava um romancinho correspondido por ela. Hoje a Marcellen está casada e a gente mal se fala.}

28/01

Já era pra eu estar me acostumando a acordar cedo. Não consigo! Voltando naquele assunto da mochila mofada, trago-lhe uma solução inteligente: ganhei uma tinta de tecido amarelo limão {jurava que tinha comprado na papelaria Lápis Vermelho...}. Não é a mesma cor da mochila. Aff! {OMG! Eu odeio essa interjeição. Espero não encontrar nenhum outro registro meu com essa insanidade... Estou profundamente magoado comigo, argh!}, mas consegui encontrar uma {tinta} que combinasse bem.

29/01

Pintei a mochila com escovinha de dente {o cheiro da tinta era horrível}. Ela ficou secando o dia inteiro. À tarde, dei uma restaurada. O Bruno veio na minha casa para estudar. Não sei se esse é o verbo certo para se usar! Propositalmente, eu não estava presente. Ele voltou com o meu caderno de Português para casa! {Como deixaram?? Um xodó pra mim...}

30/01

Às sete da manhã “certo alguém” veio estudar. Até parece que a essa hora eu estava [estaria] acordado já. Mais ou menos às 9:30 ele retornou. Não tive escapatória. Desejo-lhe o que Deus deseja {todos já sabem que é mentira}. De tardezinha, fui cortar o cabelo no Evanilson.

31/01

Se eu quisesse contar algo de legal que fiz hoje, teria de meditar. É sempre assim: cada mês tem o seu dia nulo. E o pior é que o dia demorou pra passar. Talvez eu tenha feito mau uso dele, talvez não. Não era de minha intenção ficar escrevendo essa ladainha toda, mas, muito menos, deixar uma folha em branco. {Uso uma frase muito parecida com a anterior no texto SONHO DE OUTRORA, escrito em 2015. Não se muda muito o jeito de escrever...}

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FEVEREIRO

01/02

Primeiro dia de aula será amanhã. Eu, antes de dormir, preparei o meu material escolar. Coloquei o celular pra despertar às 05h55min.

02/02

A escola foi legal! Quando estava voltando, encontrei a Letícia (soube que ela está estudando com a Cecilaine) a qual não me cumprimentou.

03/02

Na volta da aula, fiquei ansioso para ver a Lê, mas ela não passou. “Quando a gente espera demais a aurora, [a] perde.” {Letícia foi o meu amor da segunda fase do ensino fundamental e um tempo do ensino médio. Ouso dizer que ela e a Gláucia da escola Geraldo Bittencourt tomaram todo o amor que eu tinha guardado para as mulheres, mas ainda resta coração em mim...}

04/02

Hoje eu só tive boas aulas: física (apesar de difícil, o professor é super gente boa), geometria (com a professora Adriana; pena que só tem uma aula por semana), inglês (com a professora que “gosta de ver línguas”), português (o meu caderno já está enchendo com apenas duas aulas), história (dinâmica do dia-a-dia). {Não me lembro de quem era a professora de inglês, mas sempre tive uma admiração muito grande por todas elas, talvez por achar o inglês difícil de aprender e ainda mais quando se ensina. Minhas professoras de português no 1º ano foram a Ângela, que eu costumo até hoje chamar de mãe, e a Patrícia, que me ensinou muito sobre trovas e escansão nos poemas. Provavelmente a professora de história tenha sido a Selmara, que sempre adorou contar histórias e fugir dos temas propostos pelo livro.}

05/02

Seria de minha eterna intenção não ficar repetindo tudo, todos os dias. Também, viver só uma paixão de cada vez, para não fazer misturada. E o que me deixa mais enfurecido é “buscar um amor onde deixei minhas primeiras pegadas de sapatos velhos, guiados por pés cansados de tudo igual”. {Me lembrei perfeitamente dessa reflexão, após relê-la. É possível, sim, que eu achasse estar apaixonado pela Letícia, Cecilaine e Marcellen, simultaneamente. “Pés cansados de tudo igual” talvez tivesse sido resultado de uma frustração por gostar, merecer e nunca poder possuir.}

06/02

O amor é como uma roupa bonita: a gente usa e nunca mais quer deixá-la de lado {infelizmente não se faz boas reflexões todos os dias, hahaha}. Mas um dia algo se renova e nos perguntamos se valeu mesmo à [a] pena! {Naquela época eu ainda usava crase em “valer a pena”, mas fui corrigido num momento adequado, o que foi muito proveitoso. O corretor talvez ainda atenda pelo pseudônimo “Ex-namorado-do-rubens-patriarca”, mas não sei mais onde encontrá-los; e é ótimo não saber.} Pode ser que sim, pode ser que não. Entre a dúvida {verdade, eu não deixei um segundo item pra disputar força com a “dúvida”} decidimos não tornar a vestir a roupa. Há, porém, uma certeza: um dia vestirá meu corpo novamente.

07/02

O Bruno foi aprovado. Ele ainda não sabe em que sala vai estudar. Segunda-feira terá de procurar o seu nome em todas as listas do primeiro ano. Não estou aqui gastando meus preciosos minutinhos à toa, em troca de coisa mescla. Queria ter algo de inovador pra contar, mas minha vida é sem graça, “fazer o quê”? {Definitivamente acho que homens não têm mesmo o talento pra escrever diários. LOL.}

08/02

Depois do almoço, fui à casa da Bárbara. Tive de “desviar o caminho” para a casa do Maycon, mas antes da chuva passar, tomei trajeto. Falei de jornal por um longo tempo. Enfim, sei como me sair bem escrevendo para o Expressão Regional: sendo original. Nada de plágio, nada de imitação, nada de clichês. {Nada de talento, nada de regras pelo texto jornalístico. Ainda bem que não encarei essa! Iria ser um desastre porque sempre fui acostumado com redação literária. Não aprendi a ser objetivo; sempre quis ser subjetivo, observador e opinante.}

09/02

Inicia-se mais uma semana de estudos. Por enquanto, nada ainda está forçado. Mas, logo, o bicho vai pegar. {Eu já imaginava que iria ter trabalho com química e física. E tive! Kkk.}

10/02

É impressionante como quando chega a noite tudo se apaga da memória. Só me lembro de que a aula foi divertida.

11/02

Por volta de umas cinco horas houve uma chuva não tão intensa quando o vento que a acompanhou. Após meia hora, mais ou menos, já havia árvores derrubadas inteira ou parcialmente. Ocorreu também desmoronamento de paredes e barrancos. Tudo isso gerou muito tumulto. Agora corre muito bem. Ninguém se feriu. {Nesse dia, tentei me familiarizar com o texto jornalístico, mas a notícia do temporal ficou péssima e nem eu a aprovaria.}

12/02

Todas as árvores de beira de estrada dessa região foram cortadas. Houve um tumulto intenso na BR482. O asfalto, pra piorar, está quebrado, o que impede a transição [o trânsito?] de carros. Antes do horário de faculdade, tudo estava resolvido. Espero que não tenha mais chuva para levar mais coisas para longe, como telhados e “tampa de caixa-d’água”. {Acho que foi da casa da Helena.}

13/02

Quem foi que inventou que sexta-feira treze é dia de azar? Que quem vê um gato preto nesse dia terá o futuro marcado? Não deixa de ser uma superstição. Nisso, quase todo mundo acredita, mas ninguém prova nada de ruim, que seja o suficiente para dar um friozinho na espinha. Nada de bom me ocorreu, nem ruim. {Aposto que foi mesmo um dia muito chato! LOL.}

14/02

A minha mão “tá” doendo até a junta...{Why, guy?} Afetou o braço todo. Ninguém mandou que, quinta-feira, eu me enfiasse na aguaceira que acumulou perto da tabela {devo ter caído na escola, tentando jogar vôlei, basquete, handball, peteca, que seja hahaha}. O tombo durou três segundos, mas pareceu durar três horas: tudo foi em câmera lenta. Senti que meu corpo se deslizava e usei a mão direita como escudo.

15/02

“LEVAR VOCÊ PRA CASA / Forte como você estava / Sensível você vai / Eu vi você respirar / Pela última vez / Uma canção para o seu coração. [...]” - Carry you home – James Blunt {Eu deveria ouvi-la enquanto digito este trecho, mas preferi Consideration e Desperado, da Rihanna. É que estou viciado no ANTI.} “MESMO ERRO / Não estou pedindo uma segunda chance / Estou gritando com toda minha voz.” – Same mistake – J. Blunt.

16/02

Não se preocupe com o que você faz. Todo mundo repara menos da metade o que você gastou o dobro do tempo pra pensar em fazer. {Não gostei da antítese, reavaliando-a.}

17/02

Fui à Borba {Lan House que eu costumava frequentar} e adicionei a Thalita (professora) {não me lembro dela}. Vi clipes internacionais e treinei a música Carry you home, por que amanhã só dá ela na escola. {A minha turma treinou pra cantar essa música, visando melhorar na pronúncia. Quando eu ia à Borba escutá-la, era porque não tinha outro recurso. Eu não tinha celular com música, nem computador, nem o tal MP3. Eu tenho quase certeza de que cantei super alto lá, com o fone de ouvido, e minhas irmãs chamaram minha atenção. Hahaha.}

18/02

Enganei-me redondamente. A professora esqueceu-se de levar o rádio para colocar o CD. Ou fez de propósito. Eu já tinha decorado praticamente ela todinha {Carry you home}. Eu vou esperar essa oportunidade pra cantar na sala de aula. Essa [esta] semana está acabando. Tenho que arrumar um real para pagar química e um pra geografia. {OMG! Eu não acredito que era tão pobre assim. Melhor até mudar de assunto! Hahhaa. As professoras costumavam recolher o dinheiro suficiente para tirar xérox o ano todo, mas, ao mesmo tempo, e impressionantemente, sempre precisava de mais no final do ano. Kkk.}

19/02

Não vejo a hora de ir ao carnaval. Espero que tudo corra muito bem. Exatamente um mês depois do meu aniversário, estarei em festa de novo. Mas desta vez a festa será mais coletiva. Tomara que eu encontre muita gente conhecida lá! Assim, a presença fica confirmada em sala de aula. {Não entendo porque querer aparecer, menino. Quem te viu, quem te vê! Hoje, o que você quer é não ser visto. Passar o carnaval em outra cidade e não ver as mesmas pessoas. Poder beber, beijar, etc., sem ser vigiado.} PS: Níver do Sérgio {pai da Renata} (in memoriam).

20/02

Pensamos em ir ou não no carnaval. Chegamos à conclusão que sim. Fomos eu, a mãe, a Núbia, a Renata, o Júlio, o Derick, o Nego, a Taís (vizinha nova), a Bárbara, o Gil e a Cláudia {que saudades dela, que já não está mais entre nós}. Chegamos em boa hora. Todo mundo aproveitou ao máximo. Eu fiquei parado como de costume. Cheguei em uma garota de roupa listrada. Ela não quis nada. PS: Primeiro carnaval animado meu. Depois de um corte espontâneo, me toquei que tinha que ter chegado na garotinha que disse: “Que bonitinho!” {me lembro bem do fato, rs}. Depois que ela passou, não mais a reconheci. Vi lá a Cássia, o Rafael Delabrida e a Miriam, que beijava muito. Nunca vi tanta gente feia junta {não me referia aos citados}.

21/02

Dormi bastante para descansar bastante. {Nossa, não fui NAAAAADA econômico neste dia. Eu deveria ser assim atualmente. Quando alguém me perguntar como foi alguma viagem ou algum show, responderia: Legal! Haha.}

22/02

Por aqui tudo esteve muito tranquilo. É normal que os domingos sejam assim. Não tenho mais nada de interessante a dizer sobre o Bloco do Pijama. Assim como me diverti demais nesse dia {naquela época, diversão apenas rimava com pegação; enquanto hoje as duas coisas devem rimar e se corresponder}, quero ter um repeteco nesses futuros, imediatos, blocos distintos. Até hoje não escrevi uma manchete para o jornal, sequer uma charge.

23/02

Estivemos à beira de ir ao Carnaval de novo. Tudo já estava planejadíssimo até que começou a chover. Foi-se embora a vontade de festejar.

24/02

Objetivamente, assim como fiz na página 21/02, vou fazer nesta. A festa começa à noite e termina no outro dia, né? {Adiar o texto, visto que a noite de carnaval pertence a duas páginas.}

25/02 – MARCADO COMO DIA IMPORTANTE

Não estava acreditando que tudo tornaria a “melar”. Na última hora, fui chamado pra curtição (ontem). Conto hoje porque não escreve de madrugada!!! Não fiquei com ninguém lá, mas dei um monte de selinhos. Um (ou mais) inclusive foi daquela menina que me cortou {recusou} sexta-feira {não me lembrava disso, rs}. Teve também pra Michele {desse eu me lembrei quando li sobre selinhos}, pra sua amiga e pra muitas outras {nem tantas, confesso}.

26/02 – EM PENITÊNCIA

“Bau bau, carnaval! Até o ano que vem. Enquanto isso, penso mais em mim, em você e em mais alguém.” Seria mais preciso se eu dissesse alguéns. Do jeito que o meu célebro [cérebro] anda ficando lotado de meninas, o melhor mesmo é já procurar outro pra precaução. No meu célebro [cérebro] pode ter sim, mas no coração só tem lugar pra uma. {Início da primeira penitência religiosa que eu já fiz, em época quaresmal. Não comi biscoito nem derivados. Estou, hoje, em quaresma de novo, fazendo penitência de refrigerante e cerveja.}

27/02 – EM PENITÊNCIA

Pela primeira vez vejo algum sinal de vida no meu Nokia 6070. Até então, o danado só vivia trancafiado na minha pochete, tão inútil quanto a carteira do meu pai. Coitado! O mundo dá muitas voltas, mas no final tudo volta ao seu devido lugar. “Pra poder se encaixar. Se não é pra ser feliz, é melhor largar.”

28/02 – EM PENITÊNCIA

Hoje eu fui a uma festa com a minha família. Primeiramente, ninguém queria ir, mas valeu à pena. Estava tudo tão desanimado, até que, enfim, tocou uma música legal. Embora eu tivesse tomado uns dois ou três copos de “pau-na-coxa”, eu não tive disposição, ou “vergonha” {percebi o erro e substitui a palavra por “coragem”, fazendo uma rasura} pra dançar. A Amanda - elegante – dançou Akon, Dangerous. {Deve ter sido alguma festa na casa do Nego.}

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MARÇO

01/03 – EM PENITÊNCIA

“Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Ei-los, sós e mudos, em estado de dicionário. Têm poder de palavra e de silêncio.” Carlos Drummond de Andrade. {Trechos selecionados do poema Procura da Poesia, que ainda aprecio} Desilusão com a Marcellen Eduarda. {Não me lembro de qual. Talvez ela tenha mostrado desinteresse por mim ou interesse por algum outro boy.}

02/03 – EM PENITÊNCIA

As aulas voltaram. Na sala de aula, caras de desânimo. Ressaca de carnaval, cansaço de feriado prolongado.

03/03 – EM PENITÊNCIA

“Para ser grande, sê inteiro: nada / Teu exagera ou exclui / Sê todo em cada coisa / Põe quanto és / No mínimo que fazes / Assim em cada lago a lua toda / Brilha, porque alta vive.” Fernando Pessoa {não citei o título da obra, mas não seria difícil achar usando só o último verso, que seja...} Mais decepções, menos vontade de continuar. Tudo vai andando, como fila de promoção, mas não para de andar e nem pra pensar ainda. {Naquela época eu entendia as confusões frasais que eu fazia. Hoje, já nem sei mais por onde começar a desembaralhar. Tudo virou sínquise.}

04/03 – EM PENITÊNCIA

Cópia de Marcellen Eduarda. Obs.: Carry you home na apostila. {Colei nesta página uma foto de revista de uma jovem muito parecida com a Marcellen. Em um espaço pequeno que sobrou, fiz um logotipo próprio com as letras R e A. Usei pela primeira vez o termo RHENAD, memória mais antiga encontrada.}

05/03 – EM PENITÊNCIA

Critiquei tanto a Luciana {melhor amiga de escola, eternamente} com esse negócio de bilhetinho em sala de aula que hoje fiz o mesmo. Aliás, hoje e ontem. Ontem com a Bianca e hoje com a Stéh e a Bia, também. Agora cada dia um de nós três leva a folha para casa de lembrança. Quero me lembrar de tudo que fiz. Levei a carta e esta pra escola. As duas amigas viram da C {ficaram sabendo sobre meu olhar diferente pra Cecilaine}.

06/03 – EM PENITÊNCIA

É o último dia de aula da semana. Acordei quinze minutos mais cedo que o normal para tomar banho. Pensei que iria morrer de frio, mas não aconteceu. Que bom! Assim, fiquei com uma boa impressão. Talvez vire um hábito. Já tenho muito bônus de celular, ótimo. Acho que já utrapassei [ultrapassei] a Renata. E quero ter mais... {Na verdade, nem sei pra que tamanha ganância. Eu nem tinha pra quem ligar, “az namoradinha”, haha.}

07/03 – EM PENITÊNCIA

O jornal vai ser adiado. O previsto é escrever para uma revista de umas trinta páginas. E vai ser um espaço considerável para a minha turma: os adolescentes. Vou tentar colher opiniões do público. Nada melhor que um adolescente para representar os próprios! Ah! A Renata, hoje, começou a namorar o Rodolfo em casa. {Infelizmente, não fui um futuro como os de contos de fadas. Eles continuaram namorando, noivaram, casaram-se, tiveram o Arthur - que já vai fazer quatro anos – e agora estão em processo de divórcio.}

08/03 – EM PENITÊNCIA

Hoje é dia Internacional da Mulher. É dia para parabenizar todas as lindas criaturas deste mundo, ídolas de nós, homens.

09/03 – EM PENITÊNCIA

O meu celular despertou e eu não me toquei. Pensei que ainda era final de semana. Quase perdi aula.

10/03 – EM PENITÊNCIA

Assim como tenho feito há algum tempo, fui pra laje assim que cheguei da casa do Maycon. Ouvi músicas e vistoriei a BR {na verdade, a casa da Marcellen} com os meus binóculos russos {nem sei se eram russos mesmo, mas eram profissionais, pois tinham até bússola}. Vi cada coisa engraçada. Para exemplificar, a Flavinha {filha da Eva, prima do Jeferson e da Thais, sobrinha da Bete – basta de árvore genealógica} fez uma dança que tira qualquer um do sério. Eu e a Marcellen morremos de rir.

11/03 – EM PENITÊNCIA

Tomei a responsabilidade de escrever a peça teatral do 1ºE. De acordo com o meu simples roteiro, será uma apresentação meio dramática, meio confusa, mas vai dar pra entender. Ainda não comecei a escrever as falas, mas já tenho algo planejado. O assalto inicial, a falsidade, a falsidade, a ingenuidade serão conflitos. {Infelizmente a peça não aconteceu, mas ainda a tenho arquivada, ou melhor, seus rascunhos. Vou tratar de redigi-la, depois.}

12/03 – EM PENITÊNCIA

“Oi, Renadson. Esta foto tirei para você se lembrar de mim sempre e não se esquecer de que eu te guardo no meu S2, amigo! Um super SJO, Bianca/2009.” {Preguei a sua foto no topo da página. Caneta rosa, boné branco... A mensagem foi escrita atrás, por isso tive que transcrevê-la. A tinta rosa misturada com a cola mancharam algumas páginas, mas tudo é puro amor que se espalha! Bianca Samara Dias sempre foi muito especial pra mim e nossa amizade permanece viva até hoje. Que assim continue!}

13/03 – EM PENITÊNCIA

Mais uma sexta-feira 13. Já tenho sorte mesmo nesses dias, vou organizar um bom teatro. Depois, torno a falar dele. O nome da peça ainda não é fixo.

14/03 – EM PENITÊNCIA

Fui parar na escola à toa. Marquei encontro com a Bia e ela foi no horário errado. Ainda tive que aturar a chata da mãe da Thaís {a menina da minha turma que fazia pulseirinhas com nomes}. Ficou reclamando. Eu estou odiando escrever com esta caneta, penso. {No fim da página, a assinatura RRRMoreira.}

15/03 – EM PENITÊNCIA

Fui à missa com o Anderson. Depois acabei de escrever o teatro: “Anjos e Demônios”. Ficou muito legal. Tem oito atores. {A princípio, o seu nome era “Anjinhos e Demônios”, mas a galera não concordou e depois de muita reivindicação, tive que mudar.}

16/03 – EM PENITÊNCIA

Trote é coisa de gente infantil. Não gostaria de receber um. Mas fazer [passar] é comigo mesmo. A Kátia é fera. {Não deixei nenhuma observação, mas participamos eu, a Núbia, a Renata, o Nego, o Julinho, a Cecilaine, a Mirelle {falecida em novembro de 2015, o que eu considerei uma tragédia que afetou muito a minha alegria e ainda afeta, porque éramos ótimos amigos na época da boa saúde dela.}

17/03 – EM PENITÊNCIA

Hoje a gente tentou fazer igual a ontem: conseguir uns números legais pra fazer [passar] trote. Tentei telefones fixos, disse que o atendente estaria recebendo mensagens ao vivo {o que hoje é considerado brega}. Alguns acreditaram. Houve uma mulher se que emocionou tanto que começou a suspirar. Depois ela caiu na real. Não deu pra fingir até o final.

18/03 – EM PENITÊNCIA

Desde que comecei a estudar de manhã, não tenho mais dormido bem. Tem dia que eu acordo mais cedo, tem dia que eu acordo mais tarde. Hoje eu despertei no horário certo. Tinha que fazer uma sinopse e uma conclusão pessoal de um filme {resenha de “Anaconda: a caçada da orquídea sangrenta”} que eu nem assisti. A Renata me contou alguns trechos, o que deu certo.

19/03 – EM PENITÊNCIA

Depois do número treze, dezenove é o que eu mais gosto. É incompleto. Eu sou, de certa forma, incompleto. E algo de bom tá acontecendo na minha vida. De certa forma, muda certa coisa {graças a Deus, evolui na redação haha}. Eu sei que tô repetindo muitas palavras {eu tinha acabado de comentar isso, Renadson...}, mas estou quase espremendo o meu célebro [cérebro] {isso que dá espremer a coisa errada: célebro kkk} pra sair alguma ideia. Mas algo melhor me espera. {Minha vida era, de fato, sem graça. Havia dias em que eu ficava pensando como preencher 12 linhas de fatos importantes, mas não me vinha nada.}

20/03 – EM PENITÊNCIA

A Jordane vai digitar o texto de “Anjos e Demônios” {eu já estava mais cedo pensando em mandar uma mensagem pra ela pelo Facebook pra saber se ainda tem o texto final da peça} no computador dela e vai imprimir depois. Ela só não fez isso antes porque a impressora tava sem tinta. {Ok, mas o diário é de quem??? Eu teria que falar de quem??? Continuemos...} Talvez o preço saia uns 30, 40 centavos pra cada ator amador. Ah! Já ia me esquecendo: o Mateus {Teteus Valois} levou um violão pra escola e todo mundo gostou. {Mentira! Ele era popular e todo mundo gostava dele, não das suas péssimas manobras de musicista. Argh, talvez seja inveja minha, mas juro, não era bom de ouvir.}

21/03 – EM PENITÊNCIA

Eu tava louco pra chegar o fim de semana. Não que eu tenha algo divertido pra fazer no sábado. Aliás, eu não tenho coisas divertidas pra fazer em nenhum dia da semana. Tenho percebido que, ultimamente, a minha redação só piorou. {Também estou achando...} A leitura então, nossa. Nem queira me ouvir lendo. Sou um desastre. Terminei o livro “A cigana cega” – ótimo, perfeito. {Ainda concordo: foi maravilhoso!}

22/03 – EM PENITÊNCIA

Hoje eu fui à missa com a Renata, [às] dez horas. Essa foi até mais rápida que a do domingo passado. Na volta, encontramos a Jaqueline e a Jéssica.

23/03 – EM PENITÊNCIA

Hoje finalmente tirei o xerox das folhas de filosofia. {Recolhi um real de cada aluno. Nunca me senti tão rico, mas tão impossibilitado de gastar. Kkk.} Todo mundo tava cobrando. Ah! O teatro digitado coube em 13 páginas! Nuss! {Fim da penitência de biscoitos. Não me lembro em qual dia, mas vou comentar no de hoje: tive que jogar fora a casquinha de um sorvete. Dei-a pra um cachorro, lá perto do ponto de ônibus do supermercado Comaz, que atualmente se chama Dia+.}

24/03

Enfim, pela primeira vez o teatro foi ensaiado. Na aula de Artes, no último horário, a Juliana levou a gente pra uma sala vazia. Fomos eu, a Thais, a Luciana, o Mateus, o Jackson, a Miriam, o João Pedro e o Rafael Delabrida de atores e a Júlia de narradora. O intruso do Leléu {Müller} apareceu lá fazendo gracinhas. Todo mundo pôs ele pra fora em dois tempos.

25/03

Os incríveis amadores se empolgavam cada vez mais na aula de português. Esse teatro vai dar o que falar mesmo {ahh, vai...}. Pena que o ensaio só acontece na terça e na quarta-feira! Eu encararia todo dia, “no trouble” (sem problemas). {Aula de inglês agora???} Aí vai um trecho do meu personagem, o Augusto: “Eu não gosto dele e ponto final. Você, Dalila, não conhece esse mundo e as pessoas (...)” {PS: o Motorola V3 do Nego queimou o cristal e o meu computador chegou com um probleminha. Não me lembro se era este, da Positivo; ou o que a Christiane (Kiki) deu pra gente.}

26/03

“Dalila dá uma pancada em Haroldo e a arma cai. Bernardo pega e atira no vilão (Haroldo). Aos peitos de Álvaro, duas moças chorando a sua morte, praticada pelo vilão. No bolso de Álvaro, uma caixinha e um anel, comprados para Dalila.” Em suma, a rubrica descreve [narra] o desfecho do teatro [da peça]. Todos participam da cena.

27/03

Tô doidinho pra ir na SUB17. O Derick e o Julinho provavelmente vão comigo. É amanhã. A festa dos óculos vai sair até no Orkut. Muita dança, muito suingue [swing] {eu já estava achando ridículo, mas quando li essa palavra, desisti de mim}, muita curtição, muita azaração e curtição {eu devia estar dormindo porque repeti palavra e nem vi}. Eu não quero perder. Eu já tava indo na casa deles pra certificar. As suas mães ainda estão inseguras. Deus há de tocar o coração delas. Tomara! {Quanta súplica por causa de balada. LOL}

28/03 – MARCADO COMO IMPORTANTE

“Confie em mim que no fim dá tudo certo / Avisa pras amigas que tá tudo certo / Que eu chego com os amigos e dá tudo certo.” A gente foi na SUB17. Tudo começou muito ruim. Depois eu conheci a Kássia, colega do Derick. A gente ficou duas vezes. Eu tava querendo mesmo era a Rafaela, amiga de infância. A garota dançou (...) que só vendo. PS: Tomei sorvete de Ferrero Rocher e Limão. {Eu lembro que tinha uma menina “emocore” que me encantou, chamada Bárbara. Na época nós não nos entendemos, mas anos depois saímos, por coincidência, pra curtir balada juntos.}

29/03

Nuss! Esse [este] mês não acaba de jeito nenhum. O tempo que eu levo para quitar as dívidas então, hein? E o celular?

30/03

Esse final de semana foi fabuloso. Gostei mesmo! Pena que acabou (kkk). Obs.: a Ângela (professora de português) me pegou jogando giz nos outros.

31/03

Já começou o período de provas bimestrais. A minha nota de artes foi boa, mas a de história (kkk). Será amanhã! Vai cair o Sistema Feudal e o Renascimento. A última matéria tem a ver com literatura e, por isso, vou me empenhar um pouco mais. Porque ainda quero ver meu nome e a minha “signature” por todos os lados, marcando minhas obras. {Já não sei mais se quero ser escritor nem o que serei...}

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ABRIL

01/04

É dia da mentira. Não contei pra ninguém nenhuma, ainda. Fiz uma colinha legal pra prova de história. Olha aê... {Deixei anexada uma fitinha com a cola que eu costumava enfiar dentro da caneta. O conteúdo era sobre Antropocentrismo, individualismo, hedonismo; base de economia no feudalismo, etc.} Coloquei essa tirinha no tubo da caneta. Usei pouco. Na prova não tinha quase nada que eu estudei. Nuss! A maioria da sala acha que zerou, mas eu tô meio confiante. É bom ser otimista.

02/04

A Lúcia me deu a nota do exercício: 3 pontos. Fiquei em cima da média. A prova valia 5. Teve gente que tirou 1 e até 0,6. A professora de química também comentou a sua prova. Inclusive distribuiu. Eu não recebi a minha. A Ana Paula (prof.) disse que eu não paguei o 1 real do xerox (pro ano inteiro). A Priscila Ariane também não recebeu.

03/04

Hoje foi um dos melhores “últimos dias de aula da semana”. A minha sala teve dois horários vagos (Biologia; a prova não ocorreu), no horário de português eu fiz uma tirinha da Cornelha Serpentina. No de química, a professora passou a receita de Chandelle {me lembro perfeitamente de ela ter passado essa receita de chocolate caseiro, mas nunca testei pra saber se funciona}. Fui fazer trabalho na casa da Miriam e na próxima vez vai ter chocolate. {Fui com o Paulo Victor. Lembro que tinha muitas balas gostosas lá, daquelas coloridas e com amendoim por dentro.}

04/04

Querido dia da semana! O sábado é sempre o dia da diversão. E hoje eu diverti muita gente com os trotes e principalmente me diverti muito {não tenho achado essa brincadeira legal atualmente, haha}.O número que liguei toda hora foi 3761-4404 {sem censura, porque não sou desses}. Não sei de quem se trata, mas disquei e tirei o maior sarro. Um dia hei de ler esta agenda {estou lendo 7 anos depois} e me impressionar comigo mesmo. Comigo nos tempos de jovem.

05/04

A cada dia que passa, tenho mais admiração por Drummond. Se algum dia eu for como ele, vou me explodir de alegria.

06/04

Hoje tive exercício de Filosofia. Nuss. Tirei 2, valendo 5. Com 40% não serei ninguém nesse mundo. Tenho que melhorar, no mínimo, 50% da minha sabedoria. {Atualmente Noah Milanez está estudando Filosofia na UFOP. Acabei de bater uma foto desta parte da agenda e enviar pra ela, por Skype. Que decepção: sempre tão ruim em Filosofia. LOL}

07/04

“Amanhã você terá que se precaver. Uma das piores situações do ano vai começar.” Tremi quando li o horóscopo. Antes não tivesse lido. Essa mania minha de comprar jornal todo dia {eu me lembro de que comprava baguete todo dia, o que às vezes irritava a apressada da Thamyres, mas jornal eu já não sei}. Mas encontrei algo de bom. A atriz que tem semelhança com a Geyza. {Foi colada uma foto da Emmanuelle Araújo. Acredito que Geyza era uma amiga da Renata que eu sempre tinha como companhia pra escola. Certa vez ela precisava de penas pra fazer uma fantasia. Prometi-lhe que iria arrumar e consegui. Acho que arranquei de umas galinhas minhas pra agradá-la.}

08/04

O dia ainda não acabou, né? E o horóscopo tem chance de estar certo. Amanhã eu conto como foi. Ah! O mais importante: planos de viagem pra roça. O tio Renato {que já morreu, hás uns 4 anos, num acidente vindo de BH} vai levar eu e meu pai. Dizem que lá tem uma represa cheia de peixes {UAU, eu nunca tinha ido à tia Maria, acredito}. Verdade! Que lugar bom! Tem cinco quartos na casa. Oito camas, som de CD, Toddy.

09/04 – NA ROÇA

Um dia fora de casa. {Hoje fico tantos, inclusive em Ouro Preto ou Contagem} Ah! Vale a pena! Não tenho vontade de voltar. Talvez seja essa uma das situações mais difíceis do ano. De certa forma, deu a previsão. Porem, é uma fase que me agrada. Tenho uma leve impressão de que este será o melhor dia do mês. Uni o útil (comer peixe) ao agradável (pescar) o dia inteiro.

10/04 – NA ROÇA (PELA MANHÃ)

Mais uma vez o celular despertou. {Acho que era o Samsung SGH X560 L, preto com prata.} Ontem também ocorreu. Não sei se alguém ficou bravo comigo, mas não tenho culpa se tenho a memória fraca. Aquele som importuno, perturbador e inconveniente é a única utilidade (além de músicas) na roça, já que o celular não tem área. Não pude ouvir a mensagem de caixa postal.

11/04

{Já em casa...} O Rodolfo veio almoçar aqui hoje. Teve peixe, salpicão, arroz e suco de limão. Supimpa! Adorei! Ele ficou aqui em casa até o finalzinho da tarde. Mudando de assunto, fui na [casa da] Mônica mexer no computador {e hoje ela veio na minha casa pedir ajuda com o celular Microsoft Lumia}. Ia mostrar à voinha a foto da Cláudia do Marcos. A Nayara está bonita, mas a Thaís continua feia. {Eram integrantes de uma família antiga aqui da minha rua. Eles já estavam morando em Santa Catarina nessa época. Nunca mais tornei a vê-los.}

12/04

Hoje é Páscoa. A Renata ganhou um ovo enorme do Rodolfo. É da Alpino, chocolate meio amargo, soube!!! Ainda não provei.

13/04

Que delícia o chocolate Alpino. Custei [a] convencer a Renata a desembrulhar o presente. Ela cedeu e fez a nossa alegria.

14/04

A Luciana tá com dúvida sobre o teatro. Segundo ela, o Delabrida não tem concentração e seriedade para com as falas. É verdade! E agora? Como vai ser o ensaio? Sem a personagem principal não rola. Hoje teve prova de inglês. Eu fiz com a Thais. {Porr*, eu não sabia mesmo pontuar um texto.} Pelo visto a gente errou só duas questões. Obs.: a Lays se sugeriu Dalila. A Jordane também concorda em ser.

15/04

A Jordane vai ser a Dalila. Já tá ensaiando as falas. Elas vão ficar melhores na voz da Jordane mesmo. Olha que a menina é veterana no ramo teatral. Tudo continua bem com os outros atuantes. O negócio agora é levar a sério mesmo, até porque pode estar valendo pontos em Artes e Português. Seria bom demais.

16/04

Ah, não sei que dia o Coelho, colega da minha mãe, veio aqui em casa. Vou contar tudo como se fosse hoje. Ele veio com o Gil buscar algo que compõe o CPU. Eu, ele, a Núbia e a Renata falamos de Arte, principalmente pintura e surrealismo, introduzido. Depois permanecemos no assunto de literatura. Aprendi um tanto com ele. PS: Acho que quis fazer alguma observação sobre a Katy Perry, mas acabei deixando só o nome dela. “This is how ‘I’ do?”

17/04

Dia de trabalho aqui em casa com a Miriam, a Ana Carla e a Júlia. Paulo Victor e Tatiana não puderam vir: avisaram previamente. A Miriam deu um furo. Quase três da tarde e nada. Combinamos [às] duas. A Ana e a Júlia vieram. Chamamos o Nego {deve ter faltado algum ingrediente pro lanche, joguei com a mais pura inteligência} para fazer um brigadeiro delicioso. Rendeu mais ou menos um litro. {A Júlia quem fez. Ficou maravilhoso e a Núbia concorda com isso até hoje. Nunca esquecemos aquele brigadeiro.}

18/04

Quando deveria ser preto e branco, é verde e branco, bege. Uma casa bege, uma verde, repetindo-se, cada uma por trinta e duas vezes, oito vezes oito, num tabuleiro quadrado. Dezesseis peças {eu já ia escrevendo com “s”, mas passei o “ç” por cima com força}: beges e pretas. Cada fileira de trás, oito peças importantes. À sua frente, oito peças coadjuvantes. Assim desenrola o jogo de xadrez. {A Luciana me ensinou a jogar, mas costumava a treinar muito com o Julinho em, tardes de tédio. Depois, passei a jogar também na escola com o Deninho, o Albert, a Luciana, etc.}

19/04

A dengue apareceu {eu falava do mosquito, que hoje também transmite a Chikungunya e o Zika Vírus} quando eu lia “Barquinhos de papel”: aventura. Ontem li “Doze horas de terror”: nota 10. {O último foi a Stephany Chaves que me emprestou. Era um livro de drama policial muito bacana.}

20/04

Amanhã é dia de Tiradentes. O Mártir da Independência. Fui à Lan House baixar algumas fotos do meu Orkut. Não deu {não devem ter sido suportadas} mas as fotos não apaguei.

21/04

Comecei a ler o livro: “O mistério dos morros dourados”. Esse livro é da Nilce {mas está na minha gaveta até hoje, porque sou “vidaloka”}. Eu já havia começado, há quase dois anos. Parei, não sei o porquê. O começo dizia algo sobre um menino cego. Hoje ele inicia falando de um menino muito apegado ao tio. Que será que aconteceu? O livro teria se autorrescrito (kkk)? Já li 2 dos seus 60 capítulos. Série Vagalume.

22/04

{Virei a página do diário e me deparei com a folha quase branca. Caneta ruim não resiste a nada, mas eu sou mais esperto e estou digitalizando tudo! Aháaa!} Acabou o feriado. Agora o negócio é estudar à beça para que eu não entre em total declínio. Difícil conseguir balancear as notas, alcançar médias em todas as matérias. Os professores estão em dúvida em relação à minha participação. Porém, no segundo bimestre eu vou melhorar.

23/04

O teatro parece ter sido enterrado a sete chaves. As professoras esqueceram o ensaio. Vamos ver se segunda-feira, no primeiro horário (sala de vídeo). Agora o bicho vai pegar. O drama vai ser um touro {What?}, dependendo da seriedade e competência dos atores amadores.

24/04

Estudei um montante de tempo. Apenas assim a gente consegue o que quer. {Preciso aprender com minhas origens...} A professora de biologia {Claudinha}, hoje, pediu pra que nós, alunos, opinassem em continuar na sala para aprender matéria nova ou ir embora pra casa. Eu fiquei. Não tinha livro pra acompanhar, mas em casa foi fácil...

25/04

Hoje eu tive provão. É o primeiro do ano. As questões de física, biologia, sociologia e filosofia, nuss... Exceto português, química, inglês e geografia, estudei pra todas as matérias. Pelo visto, errei uma das nove questões de português. A escala é boa!!! Acho que acertei, ao todo, no mínimo 65%. Espero.

26/04

A aflição para saber minha nota chegou. Calculando uns 6, as minhas notas bimestrais serão boas. Se for inferior, arrumo um jeito. {Fiz um negação em desenho à nota vermelha.}

27/04

A decepção bateu à minha porta. Quando achei que iria tirar quase 6 no provão, tirei foi a metade do valor 8: 4 pontos. {Acho que você deveria se acalmar, jovem. Ainda nem fazia ideia do quão desesperador era fazer uma prova do ENEM, sendo ainda pior quando se descobre o resultado. Hahahaa.}

28/04

Essa foto, colei para eu nunca esquecer o meu sonho de ter um cavalo de pelos escuros. {Lindo cavalo marrom, que ocupou mais da metade da folha e me salvou, porque eu não tinha muito o que falar nesse dia. Estava embuchado. LOL}

29/04

A Luciana tem vontade de entrar no teatro de novo, porém, já falei com ela que como Dalila não dá mais. Tive a ideia de introduzir mais uma personagem coadjuvante, a Ruth. Vamos ver se ela aceita {a personagem não tem que aceitar nada, só existir e ser interpretada por alguém que queira e se adapte}. Pelo meu esquema, esta moça vai ajudar a Clarice como empregada. Mas terá também aliança com o Haroldo, o vilão.

30/04

As máscaras são o que mais representa o teatro {colei uma gravura com as populares máscaras de “tragédia” e “comédia”}. Isso se deve à Idade Média. Os fiéis procuravam representar o sofrimento de Cristo usando a máscara de tragédia. Essa é a que eu mais gosto. A outra máscara é a de comédia. Acho que todas aquelas gargalhadas são imitações do circo.

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MAIO

01/05

Esqueci-me de contar que hoje eu assisti a um teatro do 2º ano. Na verdade eram dois, mas só um conhecido: “Dentes tão brancos”. Essa é uma das dez histórias do livro “Sete Ossos” {que a Núbia já conseguiu encontrar numa livraria de Belo horizonte porque o amamos}. Já o li e muito me agradou. Conta um caso de espiritismo super-radical. O fantasma volta ao mundo formando um novo corpo através de outros.

02/05

Hoje foi um dia muito importante na minha vida: falei na rádio Carijós. Se não para pedir músicas (ocorreu uma vez com Carry You Home), nunca falei ao vivo em uma rádio. Participei de um debate sobre uma nova lei paulista: “Toque de recolher”, que proíbe [limita] presença de adolescentes nas ruas desde hora determinada. {Para explicar melhor, vou usar outras palavras: a lei estipula um horário noturno máximo em que crianças e adolescentes possam transitar sozinhos, por questões de segurança. A vice-diretora Miriam foi quem conseguiu essa vaga pra eu deixar minha opinião ao público.}

03/05

Hoje eu fui na [à] Santinha, (Nossa Senhora das Graças). Lá tá muito diferente e mudou pra melhor. {É uma gruta que está ainda mais bem estruturada atualmente. Fica situada no bairro Cachoeira, aqui em Conselheiro Lafaiete mesmo.},

04/05

Hoje mostrei à Luciana a personagem dela no teatro: Ruth. Essa personagem vai ser má, rigorosa e audaciosa {QUANTA AUDÁCIA!}, à qual se opõe à atriz amadora [principal].

05/05

“Tá tristinha? (Com a morte do Álvaro.) Vá pro inferno junto com ele!” Assim diz a vilã Ruth, antes de atirar em Dalila. {Eu não poderia deixar de dizer, mas a Luciana atualmente é evangélica e jamais aceitaria interpretar essa personagem. Hahaha.} A introdução de uma nova personagem no texto teatral caiu muito bem. A tragédia só aumentou, e isso é ótimo. “Eu quero que as pessoas ‘ve___’ [vejam], que elas sintam.” {Rasurei, passei corretivo e não reescrevi por cima até hoje. "Dê-me uma caneta agora, por favor!”}

06/05

Não foi minha intenção pintar uma face em perfil. Na verdade eu pintei a figura deitada e a cor mais escura formou uma letra, que lembra um nome, que lembra uma pessoa. {Desenho colado na folha. Estou revelando pra todo mundo. CHEGA DISSO! M de Marcellen.} Por isso, girei a figura. Pintar é a segunda maior arte do mundo e escrever, a quinta. Eu amo as duas. PS: Literatura – 60% / Pintura – 40%.

07/05

Hoje a 89 FM abriu as festividades musicais. Para começar o show, nada melhor que João Neto e Frederico (com as músicas Difícil e Chuva de Verão) {inclusive acho que as devo ouvir, mas agora estou incorporado em ANTI}. Em seguida virá Jorge e Mateus (Alguém me disse, Ficar sozinho, etc.), Jeito Moleque (Sem radar, Eu não soube explicar, etc.) e por final, A Zorra, banda amadora {juro que estou detestando todas as palavras com raiz amad-} que canta axé.

08/05

É aniversário da Núbia. Hoje ela completa 13 anos. {Faço questão de ir mostrar esta página pra ela, que já está correndo pros 20, haha.} A maninha pensa que vai ter festa aqui em casa: se engana redondamente. A comemoração será na casa da Luciene, com churrasco e bolo. A Cecilaine e o Nego irão com a gente. Quero ver a cara da Núbia! Ah! Vou ao show de Jorge e Mateus e cantar a todo vapor.

09/05

Quando acordei, não tomei nem “breakfast”; logo almocei. Eram 11h30min! Em compensação, voltei do show às 05h10min da manhã e eu tinha dito na rádio não ser tão festeiro. Por falar em rádio, fui lá de novo falar do mesmo tema: Toque de recolher. Fiz questão de mandar um abraço pra todos os alunos do 1°E, pros professores, amigos e família.

10/05

Hoje é dia das Mães! Parabéns a todas elas, da corujas às criançonas e a nós, filhos, que as fazemos mães.

11/05

Pela primeira vez a turma do teatro ensaiou no palco. {Lembro-me bem: ficou pouquíssimo espaço pra executar os movimentos das cenas. Eu, a esse momento, já imaginei que não ia rolar a apresentação.}

12/05

Hoje levei o celular da Bárbara pra escola e baixei algumas fotos minhas do celular da Stephany. Hoje ela passa pro Orkut. Já não aguentava mais ver a minha imagem de perfil: aquela porta escura de cenário, o meu rosto sério, sem emoção. O cabelo penteado com topete. {Deixei 2 desenhos que fiz de mim, um com cabelo liso estilo “emo” e outro com topete, estilo playboy.} PS: Vendi o meu celular.

13/05

O meu primeiro dia sem celular. O José Maria veio buscar ele ontem e levou-o. Hoje retornou à minha casa para tirar algumas dúvidas sobre certa senha que coloquei nas fotos, nas gravações e em outros programas. Destravei então o telefone. A senha era 7139, que formava um desenho (quadrado). Vou ficar um mês, ou no mínimo, 15 dias sem ele. {Na verdade, pra sempre sem aquele celular. Eu deveria comprar outro, justo!}

14/05

Tô doido com outro celular. Nada mais falta, porque já vendi o meu, tenho dinheiro necessário para pagar a mensalidade, os créditos e ainda de sobra. Quero um modelo bem atual, de preferência Motorola {porque o Nilsander tinha} ou LG {porque eu não entendi nada de celular e era louco}. Quero também, se possível, um aparelho com tela bem grande e tecnologia 3G, que permite 2 pessoas se verem na ligação. {Hoje tenho Skype no celular e mau uso...} PS: A Miriam está grávida.

15/05

Fui à rua com o Anderson. Como de costume, ele foi mal educado algumas vezes. Aproveitei para olhar alguns modelos de celular. Adorei o novo Samsung Scrap, de teclado estendido. {Deixei colada uma foto desse Samsung que, na verdade, não tinha o tamanho de tela que me interessava.}

16/05

Passei o dia inteirinho gripado. Não pude fazer nada além do trabalho de Geometria. Entre 11 questões, 7 eu fiz. Ainda faltam as mais difíceis, as quais não soube resolver. Depois peço alguém pra fazer pra mim. Não dispenso uma questão sequer, porque no final do bimestre faz falta. Mais à noite, me agasalhei bem para melhorar a gripe.

17/05

Boletim escolar [Valor do bimestre: 20 / Média: 12]: Português (15) / Matemática (14) / Geografia (14) / História (12) / Física (15) / Química (14) / Biologia (14) / Educação Física (20) {impressionante e incompreensível} / Artes (15) / Sociologia (16) / Filosofia (13) / Inglês (15). {Hoje tiro melhores notas no CNA. E que continue assim.}

18/05

Hoje eu comprei meu celular novo. Fui ao Ponto Frio e escolhi um bem bonitinho, o LG KP260C. Tem MP3, câmera, rádio, Bluetooth, cartão de memória... {Realmente eu gostei muito desse celular, até começar a me decepcionar com o monte de coisas que ele não me permitia fazer...}

19/05

Eu nunca consegui deixar o celular novo carregando por 24 horas. Ontem eu deixei por pouco mais de três. Antes de dormir, retornei com ele na tomada. Motivo: Hoje ele já teria muitos planos. Coloquei as músicas Hot’n Cold, I Kissed A Girl, Set Me Free {era uma música eletrônica que eu vivia cantando muito alto na volta da escola}, Hoje, “Dangerous, Beautiful (Akon)”. De fotos, uma da Bianca e outras diversas. Ah! O vídeo da cadeira também. {Era um vídeo de terror, muito famoso na época, que inclusive eu usei pra assustar muuuuuita gente. Havia uma menina na minha sala que era muito malandra. Dizia que entre estudar e lavar uma trouxa de roupas, ela preferia lavar. Assustei-a com o vídeo da cadeira, mas não acho que ela deu muita bola pra isso. Era, de verdade, lindíssima! Não me lembro de seu nome, somente alguns fatos que a envolviam. Pessoa Marcante!!!}

20/05

Uma descoberta exclusiva: o Bluetooth do meu celular envia, além de fotos, vídeos, músicas e jogos, também mensagens de texto. {A essa altura eu já tinha revirado o celular todo, especialmente para achar algo que não tivesse no Motorola do Nilsander. Quanta revanche surgiu posteriormente com os celulares...} Todo mundo ficou perplexo com isso. “Modo de envio e recebimento de mensagem Bluetooth.” Que alegria. Não vejo a hora de comprar um chip da Oi, um cartão de memória de 2GB {o meu era de 512MB} e o cabo de dados USB.

21/05

Estive olhando alguns modelos de aparelhos no jornal. Encontrei lá os mais diversos: igual ao do Nilsander (Motorola Z3) {primeira vez que eu escrevi no seu nome no diário}, o da Jordane, o do Nego, o do Leléu e do Derick {não eram o mesmo aparelho, mas eram iguais, hahaha}, do Bruno, da Bárbara e o do Rodolfo. No meu álbum não tinha nenhuma foto minha ainda. Tenho que tratar de tirar logo, logo.

22/05

Todo dia tenho carregado o meu celular, haja vista jogo muito, ouço música de dez em dez minutos, movimento arquivos por Bluetooth à beça. Inclusive emprestei meu celular pra Núbia pegar músicas e vídeos. Os mais engraçados foi [foram] o da vovó que se desespera ao ver o trem {de transporte férreo} vindo na direção do netinho. A danada então chuta o menino da linha.

23/05

Um certo livro que a Miriam {irmã da Rafaela} me deu é muito bom em questões de vestibular e concursos de língua portuguesa {WHAT?}. Faz-se nele uma divisão rigorosa entre literatura, gramática e produção de texto, popularmente conhecida como redação. Todas as questões contidas nesse determinado livro são muito bem elaboradas e dinâmicas, além de fáceis {nem todas}. {Deixei uma observação ao pé da folha dizendo que eu considerava a literatura de médio nível de dificuldade, enquanto a gramática e a redação eram fáceis pra mim.}

24/05

Houve festa de aniversário lá na casa da tia Luzia. Ontem o Matheuzinho fez 2 anos e amanhã a Lulu fará 21. Festa dupla!!!

25/05

A Luciana comprou um celular moderno e tá toda feliz. Hoje assisti ao filme “Meninas Malvadas” para fazer trabalho de inglês sobre bulling [bullying].

26/05

O termo buling [bullying] está chamando a atenção de muita gente, principalmente dos professores. A Rose, que leciona inglês {caso no futuro eu não me lembre de mais da sua cara, deverei procurar uma foto da Fernanda Torres, haha}, chega a se emocionar quando presencia uma ação dessas. Daí surgiu o termo escolhido como tema {Ahn?!}. O Gilson disse que não será mais aplicado o provão e, por isso, todas as provas serão individuais, como antes de 2005; e as notas também. {Nunca aconteceu de verdade. O provão continua sendo usado como principal avaliação bimestral da Escola Estadual “Monsenhor Horta”, onde eu estudava.}

27/05

A cada dia eu me interesso mais em pegar músicas, jogos, vídeos e fotos para o meu celular. Mensagens de texto por Bluetooth podem ser enviadas a qualquer momento por mim, mas recebidas na minha caixa de entrada parece impossível. Vou levar meu aparelho no Ponto Frio para ser analisado. Espero voltar com ele normal. {Não o levei nem no Ponto Frio nem em qualquer outro lugar que não fosse a escola.}

28/05

O pior dia do ano para levantar cedo. Não sei direito o que aconteceu comigo para eu ficar com tanto sono. Eu sentei na cama, fechei os olhos um pouquinho e quase cochilei. Depois que tomei o leite com Mucilon {no coments} fiquei mais animadinho. Mas só quando cheguei à escola, me toquei que era “quinta-feira, o pior dia”. {Bem posteriormente eu passei a odiar a terça-feira.}

29/05

É um absurdo eu não ter tirado nenhuma foto minha ainda pra revelar {este diário está se tornando um relato sobre celulares}. O tempo todo que eu tenho para fazer isso {me fotografar} eu não quero, algo me impede. De noite a foto fica ruim, de dia eu não fico fotogênico. Retrato símbolo de zoação, pra esconder de todo mundo eu não quero. Eu quero pra mostrar, pra exibir com orgulho.

30/05

Todo sábado é legal. O sol fica maneirado, o frio não bate às portas {eu nunca imaginaria que um dia já rejeitei o frio}. De noite dá pra esquecer a blusa de frio num canto e vesti-la só na hora de dormir, sem ficar gripado {que interessante!}. Ah! Hoje eu quase morri de rir da Simone, personagem da Ingrid Guimarães {na novela “Caras e Bocas”, da Rede Globo}. Quando ela diz “AMAAAADO!”, toda minha seriedade é comprometida.

31/05

Deu apagão aqui na minha rua. Peguei o celular e fui à casa da Aline {mãe do Rodrigo Felipe} passar algumas coisas pra ela e pro Júlio.

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JUNHO

01/06

Na escola, perguntei a professora se o meu desenho de artes será escolhido e ela me disse que os seios da índia são normais para reproduzir sem censura. {Todos os alunos fizeram seus desenhos pra seleção do mosaico que iria ser colocado na quadra da escola. O meu ficou lindo. Tinha uma capivara aos pés da índia. Nunca desenhei tão bem, sério mesmo. Infelizmente meu desenho não foi escolhido por causa da nudez. Enquanto fui confortado pela professora Artes garantiu não haver censura, fui confrontado por muitos outros membros do corpo docente. Nunca mais vi a arte que produzi.}

02/06

Não sei por que toda a sala teve de assistir a “Meninas Malvadas” de novo, mas foi bom que perdemos duas aulas {o bom aluno não diz isso, mas continuemos}. À tarde foi muito especial; inclusive ganhei um presente: “_L__NÇ_” [ALIANÇA]. Tente descobrir o que e de quem {da Marcellen Eduarda}. Esse objeto é símbolo de lembrança duradoura e vasta. Sinto seu brilho nos meus olhos.

03/06

A Luciana apresentou o trabalho dela hoje: ficou excepcional. O meu foi apresentado segunda-feira, dia primeiro deste mês, também com muito êxito. Ah! Mudando de matéria, amanhã começo a estudar história e, se der tempo, geografia ou biologia. Tudo isso para um bom progresso contemporâneo e futuro. {Estudava-se muito em uma época em que não existir Whatsapp, Facebook e Instagram. Le cose cambiano!}

04/06

Hoje eu estudei sobre colonização; por diversos povos, de diversas limitações, em cima da lage {local onde eu estudava, que não foi colonizado por ninguém senão por muitos ramos de chuchu, pouco tempo depois}. Eu não só li como aprendi toda a matéria das páginas 90 e 91 do livro de História. Tudo mudou neste dia em que eu resolvi aprender com a leitura voluntariamente, sem pressão de prova ou exercício {é o que eu deveria fazer mais com o inglês}. Em português, tudo é mais prazeroso.

05/06

Não sei se já mencionei antes o assunto das fotos reveladas do celular. A Renata levou o meu KP pro centro e revelou algumas fotos tiradas nele. Custou oitenta centavos cada uma delas. Pelo visto, foram reveladas 4 fotos da Renata (duas em preto e branco), uma minha e uma monocromática da Núbia.

06/06

Hoje estive lendo Iracema. A tão pura índia dos campos cearenses descrita por José de Alencar é uma personagem clássica e sua história real ou imaginária disputa com Senhora (do mesmo autor) o [posto de] primeiro maior romance do Brasil. Inimaginável, sensacional! Confesso: é uma honra lê-lo. A cada palavra, a necessidade de outra, e outra... {É, de fato, um livro maravilhoso.} {PS: Eu me esqueci de escrever algo sobre o aniversário da minha avó Irene.}

07/06

Eu fui à Lan House logo de manhã, com a Bárbara e a Núbia. O cabo USB do Derick não transferiu dados pro meu celular. PS: A Núbia disse que ficou com o Paulo na quadrilha, pela primeira vez. {PS: Eu me esqueci de escrever algo sobre o aniversário do meu pai. Não devo tê-lo visto.}

08/06

Eu poderia estar com as tão queridas músicas no meu celular se a transferência de ontem desse certo ou se a Luh {Luciana Faustelino} tivesse levado-as para a escola [as tivesse levado].

09/06

Tá sendo o maior vício a procura de outras obras de José de Alencar, o primeiro grande romancista brasileiro. Não sou de caráter romancista, mas esta obra {Iracema} despertou o lado perfeito da vida {QUAL??? O.o} que eu ignorava. Porém, ainda pretendo ser simbolista {no mês passado eu escrevi um soneto parnaso}, como Cruz e Souza, o jornalista de 2ª que se tornou grande escritor e poeta.

10/06

Exercício de Biologia: hoje. Acordei quase uma hora antes do normal para estudar – o que ainda não havia feito. Gravei tudo sobre sais minerais, ligações peptídicas, esquema chave/fechadura entre um substrato e uma enzima {preciso voltar a estudar, haha}. Os dois são como casais: só se encaixam quando são verdadeiras almas gêmeas.

11/06

Hoje não teve aula e o resto da semana está livre. O “Arraiá do Povão” tá rolando na praça e eu fui, junto com a Renata, o Rodolfo e o Júlio. Encontrei lá a Tatiana, a Deusimare, a Rita de Cássia, a Tamara, a Bianca e a Rafaela {da escola Geraldo Bittencourt}, que estava linda. Quem diria?! No período que estudei com ela, a tal talvez fosse mais infantil que a Mir...{devo ter pensado na Mirelle, mas não me restou outra memória dela senão a alegria radiante}! As pessoas mudam!!!

12/06

É o dia dos namorados. O Rodolfo e a Renata já se parabenizaram. Ela deu a ele uma blusa amarela e ele já prometeu presenteá-la com uma roupa também, proveniente de uma “boutique”. Além disso, ele já programou a compra de uma aliança de compromisso. Os dois estão felizes demais. {Todos os dias da agenda são fechados com um pensamento, geralmente de filósofos. Nesta data, em especial, circulei a seguinte frase: “Obrigado, amigo, pelos erros que me emprestastes, pois com eles pude corrigir os meus.” Silvestre C. Cabral.}

13/06

Ainda tenho vestígios da dor de garganta e da febre de ontem. Mesmo com esse imenso incômodo, eu fui à festa de 15 anos da Pâmela {filha da “Aparecidinha”}. Lá encontrei a Thamyres, a Luciana, a Carol, a Melissa e o John. No final da festa ainda houve uma breve discoteca, com as músicas mais animadas: Set Me Free, Eletronic {eu devo ter apelidado alguma faixa assim} e outras...

14/06

Tava combinado com todos aqui em casa que eu iria à quadrilha da praça, mas a Núbia tomou meu lugar no carro. Não quis ir de ônibus.

15/06

Já começou o “Arraiá Jeca Joia”, lá no São João. Ainda não tenho certeza se eu vou todos os dias a partir de hoje ou pelo menos um.

16/06

Tô pretendendo fechar o bimestre de português. Os 20 pontos do bimestre serão divididos da seguinte maneira: 8 de prova (matéria: figuras de linguagem), 6 de trabalho (determinados grupos lerão livros diferentes, os quais serão comentados em [na] apresentação. O livro do meu grupo é “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos) e o restante dos pontos será de participação [comportamento em sala de aula].

17/06

É aniversário do João Pedro. Alguns dias atrás eu fui à Lan House e vi a foto dele lá na lista dos próximos aniversariantes. Não mandei recado prévio. Ah! Hoje a Vanuza {menina malandra que assustei com vídeo da cadeira} foi à aula. Desde o início do 2º bimestre, ela só veio [foi] à aula umas duas ou três vezes. Ela é muito gente boa {mal conversava comigo, vamos confessar...}, bonita e malandra. Não se interessa nem um pouco pela escola.

18/06

Fui à casa do Paulinelly, namorado da Bárbara. O Anderson me chamou e eu resolvi ir. Também, todas as vezes que o Anderson me chama pra ir a algum lugar eu não vou. Percebi que eu tava ficando chato e “prego” com ele. Chegando lá, joguei truco por mais ou menos duas horas. Bom, divertido e agradável. {Devo ser realista: eu não fiquei tão satisfeito por ter ido, até porque nunca mais voltei lá. A casa tinha mau cheiro, tava bagunçada. Um monte de homens estranhos que eu não curti. Não comi nada lá e me afoguei no tédio, cheio de vontade de vir embora pra casa. Como pôde a Bárbara suportar? Primeiro namorado deve ser muito viciante. LOL.} OS: O papagaio da Renata – desenho para o Mosaico – foi escolhido para o muro da escola. Ele já foi reproduzido em tamanho de cartolina. {Fiquei SIM com inveja – sentimento que hoje se chama recalque – porque o desenho não era dela, foi apenas copiado de outra folha.}

19/06 – MARCADO COMO IMPORTANTE

{Eu havia dito atrás que o número 19 muito me agrada. Vejamos uma “coincidência”.} Este ano a Entronização do Sagrado Coração de Jesus foi diferente. A Rafaela estava lá com uma amiga. Eu e o Bruno nos aproximamos delas. A gente conversou um pouco e o papo evoluiu. “CADÊ SEU NAMORADO?” Na SUB17 ela falou que tinha e eu quis tirar a prova. “TÁ ALI NO G2.” Pelo que entendi, ele era o guarda número 2. “ELE DEIXA VOCÊ SOLTA, ANDANDO POR AÍ NORMALMENTE?” Eu ainda duvidava de ela ter um namorado. “DEIXA.”, falou ela insegura. “AH, SÓ ANDAR, NÉ?” e ela respondeu “É”, envergonhada. “MAIS NADA?” Fez NÃO com a cabeça e falou: “O QUE MAIS ELE PODERIA DEIXAR?” A gente se encarou seriamente. Tomei-a com os braços trêmulos {quanta audácia, Renadson!} e tentei beijá-la. Tudo em vão. Minutos depois a vi com o tal namorado. {Lembro-me que cheguei em casa apaixonado, mais uma vez, e escutei umas 54564 vezes a música “Halo”, da Beyoncé, chorando pelo fracasso, mas com o coração cheio de calor, que me era bom de algum maneira.} Dei destaque pra frase da página: “Saber ver é sentir o que se olha.” {Mal sabia eu que muito se aplicava ao momento: não quis enxergar que ela não me quis e só estava sendo educada comigo, estendendo a conversa.}

20/06 - SEM REGISTRO DE ATIVIDADES

{O relato do dia 19 preencheu todo o campo do dia 20, mas eu vivi em ambos os dias. Por que não haverá de viver no dia 20? Porque havia sido rejeitado e acordei com os olhos vermelhos de tanto chorar? NÃO! Eu ainda era bom em me regenerar. Vivi bem no dia 20, quando completei 15 anos e 5 meses.}

21/06 - SEM REGISTRO DE ATIVIDADES

{Sempre tive esse enorme defeito de me deixar ser afetado físico e mentalmente. Provavelmente eu tenha ficado desanimado de escrever depois de mais uma decepção, ainda que eu soubesse (como havia dito) me reerguer. Não deixei nada escrito nesta data, mas não vou deixar nenhuma lacuna aqui. Fica registrada a frase da página: “Para muitas pessoas, a felicidade é semelhante a uma bola: querem-na de todo jeito e quando a possuem, dão-lhe um chute.” Mário Glaab.}

22/06 - SEM REGISTRO DE ATIVIDADES

{Frase da página: “Tornar-se nobre por merecimento próprio é melhor do que ser nobre por nascimento.” Cícero. Muito propício pro momento de agora, a atual fase da minha vida.}

23/06 - SEM REGISTRO DE ATIVIDADES

{Frase da página: “Toda arte de governar consiste na arte de ser honesto.” Thomas Jefferson. Colei uma tatuagem de aranha na página, como se eu tivesse marcado previamente pra nada registrar nessa data.}

24/06

Exercício de História, sobre colonização das Américas e Mercantilismo. Tal avaliação foi realizada em duplas: eu fiz com a Thamyres. Pelo incrível que pareça, a danada pensou direitinho. {Vou mostrá-la esta página agora.} A gente não deixou em branco nenhuma questãozinha sequer. E pela primeira vez do ano eu tive facilidade com a matéria.

25/06 - SEM REGISTRO DE ATIVIDADES

{Frase da página: “Livros são o legado que um grande gênio deixa para a humanidade, transmitido de geração a geração, como um presente à posterioridade, aos que ainda não nasceram.” Addison. Este diário foi um presente meu pra mim. De adolescente pra adulto, com muita reflexão guardada e depois redescoberta.}

26/06 - SEM REGISTRO DE ATIVIDADES

{Frase da página: “Há dois tipos de conhecimento: conhecemos um assunto por nós mesmos ou sabemos onde encontrar a informação que desejamos.” Samuel Johnson. Achei magnífica a frase!}

27/06

Ocorreu uma festa no Monsenhor Isidro, conhecido popularmente por Sobrado. Eu tava querendo ir... Eu fui... E me diverti muito lá, embora não tenha beijado. {Fiz um desenho de uma boca com um risco cortando-a ao meio.} Houve vestígios de conversa com o Marquinhos, um início. {Acontece que o Marquinhos, irmão da Marcellen Eduarda, não gostava de mim porque eu tinha interesse na irmã dele. Depois de algumas brigas nossas – com muita fuga minha – eu percebi que a gente poderia sim voltar a conversar. Ele estava com um marca-passo no peito, problemas sérios de saúde. Graças a Deus não deve ter se agravado. Passaram-se quase sete anos e ainda se vê ele por aí.}

28/06 - SEM REGISTRO DE ATIVIDADES

{Frase da página: “O destino não manda sinais, ele é muito sábio e muito cruel para fazer uma coisa dessas.” Oscar Wilde.}

29/06

Hoje teve exercício de Artes, valendo 8 pontos. A filha da professora me viu colando. Corro risco de tirar zero.

30/06

O exercício de hoje foi de geografia. Desde ontem eu disse que ia estudar e esqueci. Então, como consequência, eu deveria acordar hoje vinte minutos antes do horário certo, quando não alterei os números do alarme. Tudo ficou estável [imutável], como nos dias de aula normal. Mas com 10 minutos eu consegui estudar e fazer uma boa prova.

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AVALIAÇÃO DO AUTOR

Não continuei a escrever o diário, mas não posso dar certeza do motivo. Lembro-me apenas de que eu estava ficando um pouco desmotivado pra falar sobre mim mesmo. Nunca gostei muito de estilos autobiográficos, principalmente quando não se tem uma vida popular e cheia de eventos importantes.

Juro que fui fiel aos fatos, não ignorando nem inventando nada. Deixei como aposto o que provavelmente eu vier a esquecer futuramente. Senti falta de mais histórias que me envolvessem de modo direto, mas ainda que eu escrevesse novamente um diário, iria, erroneamente, deixar que outras pessoas pudessem ocupar espaços importantes na minha vida, que deveriam ser sempre meus e só meus.

Todavia, me senti emocionado pelos muitos momentos que pude relembrar, mas confesso que também fui mordido pelo tédio e pela ansiedade. É como se eu estivesse sendo psicólogo de um jovem de 15 anos, que achava conhecer o amor, mas que não imaginava nada do que viria num futuro distante.

Satisfiz-me em me redescobrir, me avaliar, identificar em que houve evolução e em que houve estagnação. Tive a oportunidade de criar o contraste entre meus modos antigo e novo de escrever e encontrei uma resposta surpreendente pra o meu subjetivismo: eu já era um garoto enigmático, que gostava de esconder as coisas importantes em meio às palavras.

Não espero, de verdade, que as pessoas se interessem por essa fase da minha vida. O “ÚNICO” motivo pra eu ter redigido, comentado e postado o diário foi o seu arquivamento. Uso o site como um aliado, um recipiente pras minhas mais antigas memórias de escritor.

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DEDICATÓRIA

Dedicado exclusivamente a mim próprio, pois sou o único que conhece todas as pessoas citadas nas revelações.

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CRÉDITOS:

* Estrutura e recursos de organização textual:

Considerar os seguintes usos para as pontuações:

- Parênteses ( ): observações deixadas no diário;

- Colchetes [ ]: correções gramaticais e adaptações em certas frases;

- Chaves { }: comentários atuais do autor (de 2016).

* Livro

A agenda é cinza, um pouco brilhante, própria para o ano de 2008. Sem muito esforço, pude adaptá-la para 2009. No final do espaço reservado para cada data, vem impresso um pensamento sobre a vida, de modo geral. Alguns de autores conhecidos na história, outros de anonimatos. Não acrescentei essas frases ao relatos, para não estender muito o texto. Nas poucas datas sem relatos meus, deixei essas correspondentes frases, pra preencher o vazio dos dias banais.

* Caligrafia

É uma pena não poder registrar aqui a minha letra, de quando eu tinha quinze anos de idade. Porém, é confortante saber que atualmente ela é ainda mais bonita, rsrs.

Renadson Augusto
Enviado por Renadson Augusto em 16/02/2016
Reeditado em 26/02/2016
Código do texto: T5545605
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