Amó

Sim, esse texto é para você, o último por sinal, se for aquela menina que eu sempre sonhei, por favor, pare de ler ele por aqui, ele é destinado à outra pessoa.

Pra falar a verdade eu não sei bem como começar isto, muito menos o que dizer por aqui, eu só queria que isso fosse o ponto final de todas aquelas palavras já publicadas, afinal, já era de se esperar que um dramático clichê deixaria de escrever o final de uma história que lhe rendeu muitas inspirações. Pra ser sincero eu sempre esperei que esse dia iria chegar, eu sempre soube que um dia esse texto iria ser escrito, eu não sei ao certo se eu te desejo “boa sorte” ou se te dou apenas um “obrigado”, é uma mistura de sentimentos tão louca que nem dá pra explicar. Eu jurava que teria nojo eterno do seu lindo rosto, sorridente e mascarado, e da forma que você meche no seu cabelo, pois bem, há alguns dias atrás eu percebi que tudo isto não passava de uma ilusão da minha cabeça de poeta exagerado, foi mais fácil do que imaginei. Imagino que se perguntou o porque do meu silêncio, o porque do sumiço das minhas fotos diárias. Quero te dizer que isso tudo não passou de pura estratégia de defesa minha. É...isso mesmo. Doeu, ou melhor, doeu pra caramba, doeu tão forte que eu achei que não aguentaria, mas bastou ver um artigo que dizia que dores emocionais não duram mais que 12 minutos que isto começou a passar, eu sempre fui muito de acreditar em tudo que leio. E se um dia se perguntar o motivo pelo qual não revidei suas agressões, direi simplesmente que precisei apanhar, sim...eu precisei ficar de luto, precisei sentir você me matando a medida que morria dentro de mim. Não se preocupe, se um dia alguém me perguntar não direi que foi ruim como você faz, muito pelo contrário, direi que foi o melhor aprendizado da minha vida, foi como estudar o primário, é lá que você passa os melhores momentos, e os piores também. E foi bem isso, uma escola. Nossa história, horas de fadas, horas de monstros, me ensinou detalhadamente o que eu preciso fazer pra me tornar o melhor que posso ser. Ser mais marcante ainda no que você dizia não dar mais valor, e abrir mão dos nossos costumes desgastantes de crianças birrentas. É, obrigado por me fazer ser tudo que um bom poeta quer ser na vida, eu pude ter várias identidades em uma só pessoa, eu fui herói, eu fui vilão, eu fui verso, frase, oração. Eu sei que nunca me senti protegido, mas e daí? Em alguns momentos pude te proteger, e isso já valeu a pena. Seria muita hipocrisia da minha parte dizer que sempre estarei ao seu lado, nem sempre, mas quem sabe alguma noite dessas, dessas que o vento traz um pouco de saudade, quem sabe eu te faça uma visita no seu sonho, podemos dar uma volta, tomar um café, ah não, você não curte café, podemos tomar um sorvete, ver um bom filme, comer aquele velho brigadeiro de panela, rir um pouco de nossas vidas e acordar. Acordar pra esse mundo que temos que enfrentar, esse mundo sem amor, essa fábrica de pessoas más. Depois de tudo que aconteceu eu percebi que não posso te culpar por isso, a culpa foi dos perfumes que nos presentamos...tô brincando haha. A culpa foi mesmo do tempo, que não espera por ninguém, é impaciente, não para nem pra a gente amarrar o cadarço, quem dirá para ficarmos bem depois de uma briga. Não quero escrever demais, a folha de meu editor de texto já está quase acabando, pra ser realista não sei nem se chegou até aqui, você não era de gostar de ler textos extensos demais, e agora que endureceu mais ainda não deve ter saco o suficiente pra terminar o subtítulo. Bem, por falar em saco...o meu acabou, não disse nem metade de tudo que gostaria de dizer nessa última construção, nunca saberá as sensações que seu perfume me causa haha, mas pelo menos eu escrevi, mais um pra minha coleção. Então... a gente se ver por aí rsrs, talvez certo venha a ser o nosso sempre, certo?