Certo dia o Capitão

Certo dia o Capitão

Certo dia o Capitão

que comandava o navio

Sentindo a solidão

Da rota fez um desvio

Foi aportar numa ilha

Deserta? qual ilusão !

Morava nela uma filha,

Naufraga doutro Capitão

Era jovem, esbelta, linda,

De uma exótica beleza,

Que igual, não vira ainda

Apesar, da nua singeleza

O Capitão, encantado

Rendeu-lhe consideração,

E ofereceu-lhe adequado

O traje, do sacristão

Com todo respeito e lisura

Levou-a à embarcação

E ofereceu à criatura

Sua cama, seu colchão

A moça, ali se banhou

Nos aposentos privados

E, também se perfumou

Deixando todos cativados

Quando ao espelho se mirou

Ela nem acreditava,

Pois quando ali naufragou

De menina, não passava !

Agora, mulher adulta

Expandindo horizontes

Meio ingênua, meio inculta

Rústica, como flores dos montes

Sentindo-se apaixonado,

O Capitão não relutou,

Ante o amor almejado

A naufraga, ali esposou !

Pra felicidade geral,

Sua prol foi aumentando

Num clima angelical

E o capitão no comando.

Seu navio, virou lar

Ante a esposa que encontrou

Continuaram a navegar,

Até que a velhice chegou.

São Paulo 09/05/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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