JEZEL LIVRO 2 CAP 2

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" JA OUVIRAM O ZUMBIDO DO TROVÃO, SENÃO, APRESSEM-SE POIS AQUELE QUE GUARDA A MORTE RESSURGIRÁ, AINDA EM VESTES ESCURAS TE ATRAIRÁ PARA O LARGO LABIRINTO ".

Jafar termina de ler o oitavo manuscrito dos Elfos, tem em uma das mãos a estrela de Kadj cuja a força protege contra qualquer magia, pura ou não.

- Então, o que viu?

- Muito pouco do que já sabíamos.

- Devemos temer?

- Por ora ela esta á procura de outros demônios.

- Quais?

- Perceu.

- O quê, não podemos deixar que isso....

- Não te aconselho a ir até ele, pois a caminhada é espinhosa.

- Por que diz isso?

- Ele já não está mais no Vale das Sombras.

- Como saiu de lá?

- Com certeza com auxilio de magia e bem forte.

- Crivates?

- Pode ser, porém mesmo com a enorme força astral que ele possui ainda é pouco.

- Faça o rito.

- Sim mestre.

O feitiçeiro vai ao centro do salão, desenha 3 runas e fica entre elas, joga nestas 3 pós de diferentes cores e tudo se torna em névoa densa, logo se esvai e ali em transe completo Jafar tenta com êxito contato com antigos mestres das trevas que já não se encontram naquele plano.

- Diga.

O feitiçeiro estende a mão, um serviçal lhe entrega 1 ave e esta é degolada com as forças da mão, o sangue esguincha por alli, salpicando o rosto do mesmo.

- Jocasta. Logo após ele cai em sono profundo sendo amparado por 2 ajudantes do lugar.

Deusemer lhe entrega acima do peito 9 moedas de ouro, logo o feitiçeiro acorda.

- O que eles lhes disseram?

- Jocasta.

- Agora teremos de trocar os feitiços.

- Venha comigo, lhe darei o que for preciso.

Na floresta do sul, Jezel surge junto das 2 bruxas que ficam sob um manto escuro, afinal a luz do dia não é muito bom para elas.

- E agora?

- Terá de seguir para Odik, lá encontrarão uma pensão, procurem por Jeriah.

- Jeriah?

- Sim.

- O principe exilado?

- O próprio.

- O que aquele estrume que anda irá nos ajudar?

- Isso só saberá quando ficar frente a ele.

- Tudo bem. As bruxas despedem de Jezel dizendo que ainda se encontrarão no momento certo.

No palácio do Grande Mestre, Marin já esta a terminar seu ultimo trabalho no tapete quando sente um calor tomar conta de seu corpo, seus olhos abrem e destes saem fagulhas que caem na tapeçaria porém não as queima, um anjo vê a cena e traz ali o Criador.

- Teve outra visão Marin?

- Sim, muita dor e sangue.

- Deixe para mim as mazelas, sabe que sou capaz de conte-las.

- Sim Grande Mestre.

Planice de Vettan, ali Perceu mantém um acampamento com mais de 3000 Kolunus, não tão distante dali em uma caverna vários animais são sacrificados á Jocasta e outros deuses, alguns momentos ela se faz presente ali, ditando aos magos os planos para obterem a tão sonhada vitória sobre Jezel, mau sabem que até ela ja fora derrotada pela feitiçeira guerreira em um confronto onde ela perdeu tudo, indo

parar nos reinos das trevas, Eodos a acolheu em troca ela teve de dar á luz a 4 filhos homens que foram criados e ensinados por demônios.

Perceu entra no lugar todo tomado por forte odor de sangue e morte, fumaça de rituais.

- Temos um mapa?

- Sim mestre. Um jovem mago entrega para ele um pedaço de papel com inscritos e desenhos.

4

" AS LAVADEIRAS DE ONDUR AINDA GUARDAM OS UNIFORMES, AS VESTES TINGIDAS EM SANGUE DO ULTIMO MASSACRE DE KARFAZE'S, ELAS CHORAM DE DIA, Á NOITE EM RITOS OBSCUROS DESVELAM O REAL SENTIMENTO DIANTE AO SACRIFICIO DE INOCENTES ".

A mata esta mais escura que de costume, Kolunus á postos, divididos em 4 grupos, liderados por Perceu, ficam á espera da grande odiosa deles.

No Monte das Neves, em um Kitar, uma espécie de liteira ornada em detalhes de ouro, madeira pintada de vermelho, tendo 3 janelas protegidas por cortinas pretas em meio a enfeites de minùsculos crânios pintados em cor igual a cortina, um tapete vermelho que ao pisar se sente como se estivesse em um mar de sangue.

Jocasta fizera questão de assistir ali a esperada derrota de Jezel.

- Quando chegará?

- Ainda não a sinto.

- O que acontecerá?

- Espere vou ver, irei consultar meus amigos.

A rainha faz um sinal estendendo a mão, um homem negro alto, cabelos com enfeites em ouro traz a ela um pote de barro.

- Senhora do barro, dona de tudo que vê e nada esconde, mostre o que esta em seu domínio.

O pote é aberto, ali Perceu vê junto da rainha, Jezel entrando em uma estalagem.

- Que lugar é esse?

- Odik.

- O que ela quer neste lugar? Jocasta coloca suas mãos dentro do pote, seu corpo sente-se eletrificado, seus olhos perdem a cor e nestes surgem um redemoinho e ela.

- Jeriah.

- O príncipe exilado?

- Sim.

- Idiota, agora sim, estamos em ganho, o que aquele paspalho pode ajudar?

- Não coma o cervo sem te-lo morto.

A rainha sai do transe e retira do pote suas mãos em carne viva, gotejando sangue, as feridas são horrendas, Perceu olha aquilo assustado e outro homem traz para a mulher uma bandeija com cinzas.

- O que significa?

- Unhas de dragões. Jocasta envolve as mãos nessas cinzas e quando as tira estas estão saradas, nem um sinal ou cicatriz.

- O que vamos fazer?

- Esperar.

- Algo me intriga.

- Vá Perceu, sei que não conseguirá ficar quieto.

Perceu sai dali e logo dá ordens a 2 guerreiros que se juntam a mais de 4 e saem para Odik.

Jezel surge em um redemoinho próximo a Odik, ali ela caminha por uma estrada ladeada por flores.

- Por que sinto que não estou só?

Continua a caminhar quando para, num salto entra em meio a médios arbustos, saindo deste com um jovem de seus 16 anos, cabelos parecendo pelajem de carneiros.

- Por que me segue?

- Estou com fome.

- Seja sincero, por que me segue?

- Sou aprendiz de Esmery.

- Prove.

O rapaz pede para que ela o solte e tira do bolso de seu casaco um pedaço de papel.

- Isso esta em branco.

- Posso?

- O quê?

Ele enfia um dedo na boca e esfrega este no solo dali e passa no outro lado do papel, ali surge o recado de Esmery.

" Jezel, ele é meu aprendiz, chama-se Yoko, cuide dele, acredite, ele será de boa ajuda, no momento certo. Esmery ".

- Você come pouco?

- Sim, quase nada.

- É o que espero.

Ela segue e ele logo atrás.

- Não me faça mata-lo antes do momento.

O rapaz tenta folgar a gravata mediana que traz no pescoço, o suor é vísivel nele.

- Me chamo Yoko.

- Já sei, eu li.

- Me desculpe.

- Olhe, não me atrapalhe e seja útil.

- Tudo bem.

Eles entram na estalagem, dentro do lugar, vários homens sujos, mulheres á procura de algum ganho seguindo com eles para o piso acima, onde servirão de certo alento e conforto para aqueles miseráveis.

- Dois copos de mel de Tane.

- Sim.

O homem do outro lado balcão serve o que ela pediu e ela procura por Yoko que olha fascinado a vitrine de assados.

- Dê a ele o que pedir.

- Sim.

Jezel joga ali 8 moedas e o cara do balcão vai para o assados, ali ela anda entre as mesas e até parar frente a uma onde um homem, magro, cabelos longos esta em desânimo ali.

- Você é Jeriah?

- O que quer, se for cobrar ou bater, venha mais tarde, já estou no aguardo de quem irá faze-lo, portanto entre na fila.

- Você vem comigo.

- O que foi?

O homem tenta fugir, porém ela ja o tem preso segurando-o pelos cabelos, porém ele mexe nestes e corre deixando ela com a espécie de peruca nas mãos.

Quando ele chega na porta, bate a cabeça na barriga de um guerreiro alto, barbudo e com cara de pouquissimos amigos.

O guerreiro levanta Jeriah do chão com grande facilidade ali o lança rumo ao bar, causando um quebra quebra geral, todos ali entram em confusão.

Jezel vem até eles e com um golpe derruba o guerreiro e seus assistentes, Jeriah tenta correr mais é contido por Yoko, que o segura ainda tendo em mão um pedaço considerável do assado.

- E então Jeriah, quer ficar ou vir conosco?

- Para onde mesmo estamos indo?

O cara do balcão estende a mão para Jezel.

- Mais eu já paguei.

Ele olha ao redor e a guerreira despeja na mão dele mais 5 moedas e os 3 saem dali, Yoko ainda traz debaixo do braço um amarrado com sobras dos assados.

- Tem certeza que come pouco?

Ele fica vermelho.

- Bem ás vezes eu exagero, mais é só ás vezes.

- Estou percebendo.

Não tão longe dali, 6 Kolunus vem ao encontro deles.

O Kolunus entram na estalagem.

Ali alguns ajudam o dono a arrumar a bagunça que fora feita ali.

Sem perceberem a presença de Kolunus, um destes vai até ao rapaz que arruma as cadeiras.

- Para onde eles foram?

Todos ali param o que estão a fazer, em pavor se veem rodeados por 6 Kolunus, o dono vai até aquele que perguntou.

- Não quero problemas, vão embora. A criatura levanta o dono a certa altura e repete a pergunta.

- Eles sairam daqui já tem um médio tempo, seguem pela trilha na mata.

- E o príncipe?

- Que príncipe?

O homem é lançado ao longe, ao chocar-se com a mobília morre ali, os outros tentam fugir porém os Kolunus não permitem, ao sairem deixam a estalagem a fogo alto.

As crianças olham a cena com terror, um dos Kolunus ali montado a cavalo de espécie desconhecida pois foram criados e cuidados em domínios das trevas, traz ali arrastando pelas ruelas o corpo do dono da estalagem que vai se despedaçando no caminho, gritos de medo, paúra, terror são ouvidos por aqueles que presenciam a cena.

" NÃO QUEIRAM SEGUIR AS PROMESSAS DE OUTROS TEMPOS, FREIRAS E FRADES FORAM LIBERADOS PARA EXECUTAREM O QUE FOR NECESSÁRIO CONTRA AS AÇÕES MALIGNAS ".

5

oS kOLUNUS ENTRAM NA MATA, SENTEM O CHEIRO DE jEZEL e mais de alguns.

Descem dos cavalos que soltam baforadas de um fumacê de enxofre.

As criaturas olham ao redor e nada, Jezel pula de uma árvore e logo decepa 2 Kolunus, outros 4 vão em investida nela, Jeriah é preso por 2 e Yoko joga 3 pedras que acertam 1 deles, Jezel mata outros 2, Yoko se vê com uma faca colada ao pescoço.

- Solte ele.

- Não, você se entrega, agora.

Em um lance rápido, Jezel disfere 2 facadas e deixa os 2 Kolunus mortos, os cavalos se debandam porém Jezel os laça.

- Sabe que esse animais são demonizados?

- E o que há de diferente nisso?

- Não pode monta-los.

- Será?

Ela tira de um micro bolso um vidro, destampa e sopra um pó amarelo na cara dos animais, uma névoa mágica toma conta dos animais.

Na testa dos bichos surgem um selo, ela os retira com facilidade e afaga a eles, Yoko traz algumas frutas e Jeriah recolhe com auxilio de foice, matos capim para os animais.

Perceu anda de um lado a outro em nervos.

Jocasta prepara mais uma poção e seus lacaios servem em gotas para os guerreiros que formam filas ali.

Um guerreiro vem até Perceu e entrega para ele algumas vestes dos que foram.

- Maldita.

A rainha levanta um vasilhame ao alto, inicia um rito e raios são dirigidos do céu e caem naquele objeto.

Após aquilo ela joga o liquido dali de forma circular pelo solo que exala um odor de podridão forte névoa negra toma conta de todo o lugar.

Jezel já vê o acampamento.

- Agora sim, a festa vai começar.

Do acampamento são lançadas bolas de fogo, Yoko e Jeriah procuram um lugar para se abrigarem, a guerreira grita tão forte que o céu enegrece e retorna ao tom cinza devido ao feitiço de Jocasta.

Perceu levanta a mão direita e com um grito ordena aos guerreiros que avancem, um forte redemoinho fora formado ali onde Jezel se encontra e ao se desfazer, ela já esta em novo aspecto, 7 lanças a rodeia flutuando e acima a sua cabeça as 3 adágas que ganhara de Esmery.

Todos os Kolunus que se aproximam e investem nela são mortos em questão de segundos, Perceu aproveita um certo descuido dela e a fere com uma flecha preparada em poção demoníaca por Jocasta.

Ali a guerreira cai, Yoko a ampara mais sente todo seu corpo queimar, Jeriah retira de seu casaco um vidro com um liquido vermelho e joga no ferimento da guerreira em contato com este o liquido se torna incolor, uma forte luminosidade toma conta dali e Jezel levita, em giro extremo toda névoa é dispersada, rapidamente cerca de 200 Kolunus são exterminados, Jocasta vê aquilo de forma calma.

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 22/06/2018
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