CLOSEDFECHADO CAP 6 TERROR

6

A noite é de gala, festa, ali vários casais, homens de alto padrão, moças de boas famílias.

Ao sairem do salão passam por um portal decorativo porém muito bem preparado por Teresa, de forma a embaralhar as mentes destes para que só fiquem ali vagas lembranças.

Noite lá pelas 4 madrugada, só restam 4 pessoas, 3 homens e 1 mulher.

Teresa dança ali com um jovem negro, alto, bom porte, á passos largos um tango bem provocante e de certo romântico.

Afonso prepara mais uma leva de bebidas para a mesa, Vanessa ali contente com os homens, olha vez por outra a Nivaldo que finge não nota-la.

Aguiar traz na mesa, uma porção generosa de carneiro assado, Vanessa vibra com aquilo, único momento ali que Nivaldo conta uma piada que gera uns risos tardios.

Isso faz o homem ali ficar cabisbaixo assim tirando forte gargalhadas de todos porém ninguém supera Ronaldo neste quesito.

Teresa ainda dança um pouco mais com o cavalheiro que logo agradece e vai a mesa festiva.

- E então matou a vontade de extinguir essa lombrigas que estavam lhe definhando?

- Cara, que mulher leve, doce, gentil, não tem como não se apaixonar.

- É, sério Odirlei?

- Tô de brinks, Ronaldo.

Vanessa faz sinal para Afonso que responde ao mesmo gesto e logo as luzes apagam-se ao acender ali frente a eles um bolo de aniversário, cantam parabéns a Nivaldo que esta fazendo 26 anos.

- Pessoal, quando vocês bolaram isso?

- Ah, isso é segredo, não, Vanessa?

Ele olha fixo na mulher ali.

- Obrigado.

- Nada, é pouco para um grande amigo que és.

- É sério, obrigado.

- Tá.

Ronaldo corta o clima, trazendo algum segredo infância de Nivaldo ali o que torna tudo em risos e mais bebidas.

Vanessa ali no terraço olha a cidade toda ali, Nivaldo chega e coloca a mão em seu ombro.

- Me desculpe.

- Pelo quê?

- Por não poder corresponder em tudo que você merece.

- Olhe Ni, sou mulher, entendo um pouco a vida, não vou negar que te amo, sim, te amo muito, mais ela chegou primeiro.

- Não posso fazer isso.

- Nem eu quero, ao contrário continue sendo feliz.

- Tive de inventar outra viagem para me ausentar, sabe, esta ficando...

- Por favor, não continue, toda vez que entra neste assunto, sinto como que correntes me prendesse.

- Van.

- Acabou, eu aceito, hoje é nosso ultimo encontro.

- Vai se casar, com aquele boyzinho?

- Sim, não o amo, ele sabe, com certeza teremos um bom futuro.

- Como diz isso?

- Minha vó, mulher sábia, sempre diz que sofrer é algo que muitas vezes compramos para a gente.

- Por quê?

- Sabe, deixamos o coração escolher, depois ficamos com a dívida que ele contraiu.

- De certa forma, ela se torna fria, não percebe?

- Pode ser, porém nunca fora magoada.

- Você acha?

- O que diz?

- Não lhe passa que ter passado algo ruim, forte desilusão, ela tenha meio que vestido esta capa?

- Pode ser, por que não.

Logo ouvem vozes a chamar ele.

- Bem, vou voltar para lá.

- Logo eu irei.

- Então tá, boa sorte.

- A ti também.

Ele retorna para o salão.

Vanessa se debruça na mureta, logo as lágrimas vertem, Aguiar surge ali com um lenço.

- Eles já querem ir?

- Acho que sim, madame.

- Obrigado sr, este lugar me foi o melhor.

- Obrigado.

- Sério, aqui tive uma grande decisão, ficará guardado para sempre comigo.

- Nós agradecemos.

- Vamos.

Ao entrarem, ali ao balcão, Nivaldo retira a carteira para pagar a despesa da ultima rodada que foi servida.

- Pare com isso Ni, nós te convidamos, eu pago sr.

Afonso abre um singelo sorriso e recebe da mulher, Ronaldo e Odirlei junta-se a eles.

Ao seguirem a porta, Teresa ali limpa uma máquina de jogos.

- Que legal.

- E é nova.

- Quanto a ficha?

- Para vocês, bem, que tal uma cortesia?

- Sério?

- Sim.

Ronaldo brilha os olhos ali, Nivaldo libera com um gesto, Vanessa procura uma cadeira para sentar.

Fichas na mão, Ronaldo se transforma, deixando exposto sua admiração para não dizer dependência á jogos eletrônicos.

O jogo consiste em montar seu avatar, para isso tem de matar os oponentes e assim esquarteja-los usando partes destes corpos para montar o seu, se escolher as partes certas, não deixando fissuras entre as costuras no novo corpo, Ronaldo fica impressionado com a resolução da tela, nitidez, ali parece que são humanos sendo mortos.

Quarenta minutos depois ele já tem quase pronto o seu avatar, ali já bebera alguns refri e copos de água gelado, o clima ali se assemelha ao deserto.

- Nossa como faz calor aqui.

- Acho que não, aqui esta tudo bem. Ele olha e vê ali Teresa, Afonso, Aguiar, continua com o jogo até que finaliza.

- Cara vocês estão de parabéns, este jogo é muito bom, o bicho cara.

- Obrigado, em jogos temos sempre os melhores.

- Pô este é o melhor que eu ja joguei em minha vida.

Teresa entrega para ele uma fita com campeão escrito nesta, alguns abraços e só então ele se dá conta que está sem o seus amigos ali.

- E o pessoal?

- O sr não tem curiosidade de ver seu avatar?

- Com, ja vi ali na tela, foi demais.

- Mais e o real?

- Que real, surtou cara.

Afonso puxa uma corda e ali suspenso um corpo feito de pedaços de outros corpos.

- Porra, caralho o que significa isso?

Ronaldo fica em choque com aquilo.

- Que merda de brincadeira é essa?

- Não se trata de brincadeira, sim o produto final de seu jogo.

- Quem fez isso?

- O senhor. Diz Teresa acionando um botão, a cortina é aberta e ali seus amigos mortos, faltando partes que foram usadas para montar o outro corpo.

- Caralho, que merda é essa. Ronaldo passa mal, vômitos atrás do outro, até que ali entram as criaturas.

- O que é isso?

- Bem, como dizer, game over. As criaturas atacam Ronaldo com tanta selvageria, ele consegue fugir porém ao colocar a mão na maçaneta da porta principal ele tem ali cravado ás costas um grande machado.

- Ops, quase. Teresa diz deixando escapar um maligno sorriso.

Aguiar ali do lado do homem lhe golpeia 3 facadas na área abdominal, fazendo o gritar de dor.

- Por que eu?

- Sei lá, deve ser isso que vocês tanto gostam, o destino.

- Desgraçada.

- Obrigada. Teresa ali corta o pescoço do homem em um só golpe de adága.

- Pronto crianças, sirvam-se á vontade.

12102018...................................

7

- Aqui esta o correspondente deste ultimo mês mais uns dias.

- Por favor, reconsidere.

- Vá, por favor, não quero ser ingrata contigo.

- Me perdoe senhora.

- Vai menina, achou mesmo que meu esposo iria apoiar essa loucura?

- Seu filho me ama.

- Se te amasse como diz, não teria sido vencido pelo pai logo de primeira.

- Para onde ele foi?

- Tá bem, vou lhe dizer, afinal, quem sabe assim você encare a sua realidade.

Mirella com os olhos encharcados ouve a pior noticia naquele momento.

- Meu filho foi para o litoral, ele e a namorada.

- Não, não pode ser, esta mentindo.

- Pare garota, sou uma senhora, honesta, de berço, por que haveria de lhe estar mentindo.

- Me deixe falar com ele.

- Vai, por favor ou terei de chamar os seguranças.

- Não, não é preciso.

Ali pelas ruas de Venceslau ela anda inconformada, pensa por algumas vezes se jogar de um viaduto famoso no inicio na cidade.

- Não, não seria digno, certo, vou fazer o que aquela bruxa disse, encarar essa minha nova realidade.

Entra em um clube e ali fica por horas, saindo acompanhada de alguns rapazes que aproveitam de seu estado alcoolico e passam a mão nela, uma viatura lentamente se aproxima deles que correm, Mirella cai na calçada, a oficial sai da viatura e presta socorro a mulher que inicia uma sequência de vômitos após é levada para a santa casa, passando a noite em soros e glicose.

Amanhece e ela ali recebe suas sacolas com roupas e segue para a rodoviária, compra uma passagem para Caiuá – SP vai ficar uns tempos no sitio de um tio.

No ônibus o sacolejo deste ainda lhe revira o estômago, no terminal da cidade ela desce e faz uma ligação no telefone público dali.

Desliga e senta no banco frio do lugar, a fumaça de espetinhos e o cheiro do diesel a faz passar mau ali.

Uma senhora a acolhe e leva até a lanchonete, onde compra água e um sal de fruta.

Mirella toma meio contra a vontade e fica ali a contar os seus ultimos infortúnios para aquela senhora que ouve tudo e lhe oferece ajuda ao fim.

- Obrigada, mais meu tio vai vir me buscar.

- Vem mesmo?

- Sim.

Nisso para ali no ponto de embarque sem uso, uma camionete antiga marron, desce um senhor gordo, barba branca.

- Tio.

- Vamos.

- Sim. Ela se despede da mulher e segue para o carro do tio que olha para a mulher com certo repúdio.

Dentro do veiculo em movimento.

- Pelo jeito já fez excelente amiga.

- Como assim?

- De papo amigável com a dona da casa de quenga, bom começo.

- Não sabia.

- Pare de mentir, você saiu igual a sua mãe.

- Tio.

- Sabia que ia por este caminho.

- Me respeite.

- Então faça por ser respeitada. Inicia ali uma discussão que termina por seu tio perdendo do o controle do veiculo indo a bater em uma árvore já na entrada das glebas rurais.

O veiculo capota, seu tio ali a escorrer sangue e ela acorda tenta acorda-lo e nada, vai perdendo suas forças quando um homem ali na sua frente lhe estende a mão.

- Por favor ajude meu tio. Ela perde os sentidos.

Aguiar a tira do veiculo que logo após explode devido ao vazamento de óleo e Aguiar deixa cair no rastro liquido um isqueiro aceso.

Carregando no braço aquela jovem, que mais parece uma pena de tão leve ele segue para o bar há alguns metros dali, em uma árvore no galho, uma garota com pirulito na boca vê aquilo e de seus olhos surge um brilho incomum.

No bar, Teresa e Afonso estranham a atitude do colega ali, a moça repousa na mesa de bilhar.

- O que pretende fazer?

- Não sei, só senti que não poderia deixa-la.

- Vou ver o que vai acontecer.

- Obrigado. Teresa sai por um aporta, logo ouvem um choro curto, solicito, Afonso já com as mamadeiras em sangue e flocos de carne segue para a sala das criaturas.

Aguiar terminar de arrumar o quarto, cama de solteiro, cortinas, tapetes, cômoda, penteadeira, armário pequeno e um trocador.

- Ficou bom, muito bom.

- E então Teresa?

- Ela veio por algum motivo.

- Tem certeza?

- Sim, só se prepare, temos visitas.

- Visitas?

- Na realidade uma visita, porém daquelas que deixam marcas.

- Não entendo.

- A engrenagem deste lugar tem mudado bruscamente.

- O que significa?

- Isso eu não sei, só lhe digo que estejamos preparados.

- A cúpula?

- Não tão importante assim, porém é algo que fará mudanças.

- Não gosto disso.

- Quem gosta, porém são eles que decidem.

- Mesmo assim...

- Só siga o trabalho. Logo teremos novidades.

Afonso termina no bar e vai para a câmara fria onde guarda alguns baldes com alimento.

- Nossa hoje isso tá mais frio que nunca.

Ele fecha e ali a sua frente.

- Olá Afonso.

8

- Você.

- Olá Afonso.

- Como você entrou?

- Acho que já posso me apresentar.

- Como assim?

Teresa vem a eles com Aguiar.

- A executora mais antiga da associação, dizem que já esteve por dezenas de guerras, porém até hoje poucos sabem seu nome.

- Obrigado Teresa por me poupar saliva, mais acho que posso e sei me apresentar como se deve.

- Não entendo. Diz Afonso ali meio perdido a situação.

- Pode me chamar de Sabrina, já que meu verdadeiro nome se perdeu há séculos.

- Sabrina?

- Sim Afonso, agora apresentados vou direto ao que vim, bem a cúpula decidiu por mudanças.

- Mudanças?

- Oras, por que achas que aquela jovem dormindo naquele quarto veio parar nos seus braços?

- Ainda não entendo. Sabrina cruza os braços, Teresa intervém exigindo um documento onde deve ter o selo executor.

- Pare Teresa, por acaso houve algum deste no liberto de Celma?

- Você já sabia antes?

- Lógico, já imaginou eu, executora de primeiro grau, da alta escala na associação não saber o que se passa.

Teresa faz sinal para Aguiar que entende, porém as coisas se complicam.

- Para quê se preparar um ataque quando só estou a conversar.

- Sei de suas artimanhas, já a vi em campo outras vezes.

- Então deveria ter um tanto a mais de respeito pela associação e por mim.

- Não acho justo.

- O que é justo, você é daqueles que acreditam que nós executores somos advogados e juizes ao mesmo tempo?

- Mais ou menos isso.

- Bem se é assim.

A garota tira de sua veste uma haste de seus 25 cm de metal em posição vertical movimenta o braço para cima e baixo e esta cresce para mais de 2 metros com uma meia lua cortante no topo e outras lâminas abaixo.

- Corre Afonso. Teresa grita para o colega que fica estático ali, Aguiar tenta pega-lo mais é bloqueado por aquela arma que lhe arranha próximo ao peito.

- Pare Sabrina.

- Você não tem autoridade em mim.

- Sim, eu sei, não tenho mais exijo que se faça a lei da associação aqui.

- Oras Teresa, quem te viu e quem te vê.

Aguiar olha para Teresa com espanto.

- O que diz?

- Nunca falou aos seus colegas sobre quantos já teve matado sem qualquer necessidade em alimento?

Os olhos se voltam a Teresa, esta senta numa banqueta e fica como imobilizada.

- Não tive escolhas.

- Sempre há escolhas, talvez péssimas, mais há.

- Você é um demônio.

- Oras, o que somos todos aqui, anjos, benfeitores do universo?

Sabrina ri descontinuamente.

Teresa se levanta e num gesto rápido lança uma lâmina fina porém de estragos fortes na garota que apara esta com sua mão.

- Você já foi muito, muito melhor.

Mirella surge ali, todos a olham, Sabrina em velocidade fica ao lado desta.

- Pronto, já podemos começar nosso joguinho particular.

Com um simples gesto de levar a mão na testa da moça que entra em transe, levitando ali no salão.

- Afonso, eu quero aqui o sangue de 3 alimentos, frescos.

- Impossível.

- Por quê?

- Eu não sei, não sei, não me sinto mais bem em faze-lo.

- Tá vendo, seu lado humano reflorescendo.

- O que diz?

- Há muito tempo, você já foi como eles.

- Não, não é verdade.

- Sim, você sabe, sente, com certeza desde que viu aquela moça da loja.

- Que atendente? Ao mesmo tempo perguntam Aguiar e Teresa.

- A moça de um passado muito remoto. Diz Sabrina.

- Não, ela só fez me titubear.

- Então prove, mate.

Afonso pega o facão afiado da mão de Sabrina e segue até o outro salão onde há 3 clientes amordaçados presos a um poste de madeira.

- Vá, mate-os.

O corpo de Afonso expeli grande quantidade de suor e ele deixa sua arma cair.

- Esta vendo colega, você se tornou fraco. Ali as costas, Sabrina o degola com sua arma, ao cair no chão, o corpo de Afonso torna-se um mero molde de madeira que entra em alto combustão.

- O que foi isso, o que aconteceu? Aguiar assustado pergunta.

- Isso deixo aos cuidados de Teresa, ela sabe muito bem deste mero detalhe, ah sabe.

Sabrina desaparece ali, Mirella sai do transe.

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 22/10/2018
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