histórias sem finais.1

...continuação

kely & jeni

era início dezembro e as férias estavam começando, mas infelizmente pra jeni as suas começariam mais tarde, tinha ficado de recuperação em quase todas as matérias. o lado bom nisso é que a escola ficava vazia, e ela sentia que podia fazer o que quisesse pelos corredores, como fumar cigarros por exemplo, ouvir música no fone de ouvido, mascar chiclete e ir sem precisar usar uniforme. no auge dos seus 17 quase 18 anos ela se sentia um alienígena, reprovada dois anos e ainda de recuperação, parecia que a vida não sabia sorrir pra ela. assim como os alunos tirando férias por terem concluído com louvor suas obrigações de estudante, os professores também estavam, sobrando só alguns, que reuniam numa mesma sala todos os alunos pra segunda chamada. achava um tédio todos aqueles livros, se sentia inteligente mas ninguém entendia sua inteligência. entrou na sala, botou os fones e deitou a cabeça na mochila apoiada na mesa. dormiu o sono mais tranquilo do que em casa em dias normais. foi quando sentiu alguém a sacudindo. era a professora. a sala agora vazia. você ouviu o que eu disse? posso te reprovar logo e te mandar pra casa curtir esse sono, ou você vai ao mínimo se esforçar pra fingir que está prestando atenção na revisão? kely falou olhando pra ela.

jeni nem se deu conta que dormira a aula inteira, isso que era um cochilo bem aproveitado, uma hora e meia de descanso ao som das mais tocadas de billie eilish. ah eu ja sei a matéria, falou jeni se ajeitando pra levantar e ir embora.

Voce e todo mundo que está de recuperação né?! falou kely ironicamente. sério, eu posso zerar suas notar e você não precisa voltar mais a partir de amanhã. ou você pode tentar. você que sabe...

eu sei que você é chata pra caralho disse jeni saindo porta a fora.

kely odiava o fato de dar aulas pra adolescentes por isso, não tem um pingo de respeito e consideração. ja estava pronta pra fazer o seu discurso lição de moral, mas ao olhar pra trás jeni ja havia ido embora. kely não era o tipo de professora que deixava o aluno dar a última palavra. ficou furiosa com o descaso daquela aluna e se ela aparecesse no dia seguinte era melhor ficar acordada, ou ela jurava que jogaria um livro na sua cabeça. não literalmente falando, é claro...

...

continua...

ou não...

...