A Deusa do Corpo Sarado

Nem meio grama de gordura acumulado

Nem sinal de pneuzinho de qualquer lado

Não sabia o que era modelito apertado

Não passava sem ruído de assoviado

Abaixo do queixo uma turbina de cada lado

Um umbigo aparecendo cobiçado

Sentada, estonteava seu cruzado

Passava e atraía com o rebolado

Vista de lado, era tudo bem insinuado

Mas com o tempo tudo ficou desigualado

Naquele corpo anabolizado

Não demorou, ficou tudo desabado

Para piorar, o silicone teve o prazo expirado

Em pouco tempo o orgulho foi abalado

Uma década havia se passado

Olhava e não via alguém do lado

De todos com quem havia ficado

Quem a amou foi o gordo que tinha abandonado

(Relatado e finalizado)