Eu penso eu existo

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Imago Mortis - Res Cogitans (tradução)

Coisa pensante

I. meditações

Como posso ter certeza sobre o mundo que meus olhos vêem?
Esta é toda a verdade ou algum tipo de sonho coerente?
E se houver um deus enganador
Que está brincando com minha mente?
Como posso ter certeza se estou vivo ou morto?

Pode haver um demônio maligno
Que se compraz em ouvir meus gritos
Me corrompendo e seduzindo
Para que eu acredite em todas as suas mentiras
Eu não serei mais enganado pelo que permanece impuro
Eu combaterei a dúvida e na dúvida eu terei a certeza

Ii. as quatro leis

1) evidência:
Somente aceitar a prova inegável
2) análise:
Dissecar o fato para achar em seu interior a verdade
3) síntese:
Colocar as partes juntas, lado a lado
4) rememoração:
Nada omitir, nada esconder

Eu caminho mascarado
Através dos vales da bruma da ignorância
Eu duvido
E esta é a única razão por que eu existo
Eu caminho mascarado
E enfrento esta nefasta urgência em acreditar
Eu duvido
Eu penso, eu sou, eu medito, eu vivo

Penso logo existo
Penso logo existo
(sou coisa pensante)
Penso logo existo
Penso logo existo
(sou coisa pensante)

Nenhum mal
Ocultará
A verdade
O livre arbítrio
Será
A única lei
Eu penso,
Eu sou,
Eu tenho uma escolha:
Eu acredito!

Coisa pensante
Coisa pensante
Coisa pensante
   Não deixe a imagem parar, passe-a    adiante.

carinho pro meu coração
As teorias podem fascinar mentes tão despreparadas e pode confundir almas pretensamente livres. Depois que li Histórida loucura, de Michel Foucault, pude entender o nascimento do cogito como uma experiência crítica no homem, que foi capaz de constituir uma espécie de desrazão, no lugar da experiência trágica. Do coração, da indignação, do pensamento e da resignação nasce uma ambiguidade em pleno Renascimento, que se estenderá até nossos dias sob a crença de que nossa fonte originária é a razão. Mas a arqueologia de Foucault descreve o "grau zero" da hstória, onde Razão e "loucra" estão no mesmo chão, no solo histórico que inicia a experiência do humanismo, cujo poeta Artaud denuncia como sendo a decadência do home, porque ele perdeu seu berço trágico, sua relação com o cosmos, para se infiltrar em si mesmo e se repartir em normal e patológico. Pensar é inevitavel, mas deixar o coração ter sua vez é lgo sublime demais. Beijo Isa, e estou com saudades de sua visita em minha escrianinha...
Enviado por Tom Muniz em 24/11/2008 02:05
para o texto: Eu penso eu existo (T1211235)
ysabella
Enviado por ysabella em 04/10/2008
Reeditado em 24/11/2008
Código do texto: T1211235
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