A PAZ DO INVISÍVEL
A PAZ DO INVISÍVEL
Todo dia eu te procuro,
Na manhã que desabrocha,
No olhar de uma criança,
Na singeleza de uma flor.
TUDO CANTA, TUDO FALA.
EU NADA ESCUTO NADA VEJO
MAS NO SILÊNCIO TENHO PAZ.
Se tu cantas no seio da madrugada,
Do meu sono não desperto,
Se é o meu jeito de amar,
Senhor, continuas a ninar-me.
Serás tu que mova as águas?
Serás tu na natureza?
No chuá das cachoeiras?
Na sutileza do riacho?
Se é tão bom ficar contigo,
E do sono não desperto,
Seja esse o melhor jeito,
De descansar no teu seio.