Sementes de Aço
Um clarão no céu
Olhos atentos ao relento
Um brilho que ofusca as estrelas...
De junho a junho
Armas em punho
Embargando sonhos
De um florescer...
Lágrimas que rolam por seus filhos
Ao ver empunhar um arsenal
Em lugar de uma bandeira!
Ouço homens
E seus podres poderes
E nos ventres
Vejo vidas
Caminhando para morte...
Sementes de aço
Atiradas ao chão
Não brotam
Sementes de aço
Atiradas ao chão
Não brotam
Os lábios sedentos
Pedem paz e luz
E homens constroem guerras
Aos olhos de Jesus...
Tomara que amanheça logo
Para eu sentir o calor do sol
Não quero olhar pro chão
Pra não ver cápsulas deflagradas
Pelas mãos de homens
Que constroem guerras
Ao arrebol....