Sementes de Aço

Um clarão no céu

Olhos atentos ao relento

Um brilho que ofusca as estrelas...

De junho a junho

Armas em punho

Embargando sonhos

De um florescer...

Lágrimas que rolam por seus filhos

Ao ver empunhar um arsenal

Em lugar de uma bandeira!

Ouço homens

E seus podres poderes

E nos ventres

Vejo vidas

Caminhando para morte...

Sementes de aço

Atiradas ao chão

Não brotam

Sementes de aço

Atiradas ao chão

Não brotam

Os lábios sedentos

Pedem paz e luz

E homens constroem guerras

Aos olhos de Jesus...

Tomara que amanheça logo

Para eu sentir o calor do sol

Não quero olhar pro chão

Pra não ver cápsulas deflagradas

Pelas mãos de homens

Que constroem guerras

Ao arrebol....

Mestre Tinga das Gerais
Enviado por Mestre Tinga das Gerais em 18/12/2008
Reeditado em 31/01/2014
Código do texto: T1341622
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.