AFINIDADES


 

A gente pensa que não vai esquecer
Um grande amor que começou e findou,
Que outro amor vai nos fazer infeliz,
Tudo é mesmo assim.
A gente acha que a vida é igual
Que todo mundo vai saber perdoar;
Nossa falha é não querer parar,
Afinidades assim,
Muito comum entre nós,
Porque, pra que insistir,
Esperar e sofrer?
Vai ser difícil esquecer,
A vida pode ensinar,
Porque então caminhar?
Nesta estrada sem fim.
A gente sente que um dia,
Um dia ha mais, pode modificar,
Nossa forma de ser;
Pode até enganar...
Afinidades que em nós
Era pra se entender,
Era de se esperar
Que tudo fosse normal,
Não se perdesse na vida
O tão sonhado amor;
Aquele amor que findou,
Que nos deixou sem saber,
E que agora somente
Teremos que esquecer.





 
 

 
 

Nota do autor:
 
AFINIDADES é um poema musical escrito para a faixa doze  do Álbum DEITANDO E ROLANDO, [2º CD do exímio solista de violão FRANCISCO ARAUJO, meu parceiro e amigo querido, que com esse lindo choro homenageou um dos grandes músicos e compositores brasileiro, "GAROTO".
                              Guardadas as devidas proporções, até porque o meu grande amigo FRANCISCO ARAUJO graças a DEUS está bem vivo, e no nosso convívio, em plena forma fazendo grandes shows por este BRASIL afora e pelo o que todos representam para nós enquanto poeta e músico, segui o mesmo raciocínio, do poeta e canto Chico Buarque de Holanda e Vinícius de Moraes quando escreveram uma poesia chamada Gente Humilde para o tema do Garoto.