Dissonante

Não sei de quem é a culpa, talvez eu seja o vilão das coisas mal entendidas entre o seu sábio discernimento e o meu jeito "desajeitado" de dizer quando é verdadeiro... Talvez eu tenha sido submisso demais ao seu jeito incoerente de se mostrar tal pessoa dita por ti, mas agora chega de fingir, por muito já não é o que se propôs, estamos nos arrastando como se em busca daquele ponto seguro que nos fará firmes de novo, estaremos tentando nos enganar se não assumirmos a eminência do fim.

A festa acaba, todos vão embora e o músico volta para o braço de seu violão, e incrivelmente ele se sente completo ou satisfeito com o que lhe restou, com a ausência daquilo que ele deixou de querer, longe de tantos sorrisos antes exibidos ali, ele se faz à arte imitando a vida, sendo agora um pobre amante da solidão, tentando desbravar lugares desconhecidos em seu íntimo, seu violão desafina o jeito de olhar o tempo, mas ele acredita cegamente que haja o que houver, há um jeito fino de olhar o sol.