Minha criança interior.

O que eu vou falar agora

Pode até não ter valor

Mas é um coração que chora

Ao lhe pedir esse favor

Não quero que vá embora

A minha alma de trovador

Nessa vida existe hora

Que temos que encarar a dor

Mas nunca entregar ao fracasso

Se sente a falta de um abraço

A minha criança interior.

Deixar de escrever eu não quero

Isso me causaria imenso pavor

Eu sempre fui muito sincero

E de alma simples como a flor

E só compreenção eu espero

Pra por fim a esse dissabor

A poesia pura eu venero

Ela me traz paz e bom humor

Eu não quero agora olhar pra traz

Eu notei que falta muita paz

A minha criança interior.

A minha alma vai pra um jardim

Quando do mundo eu me for

Mas nem mesmo o meu fim

Vai acabar com o esplendor

Se eu aprendi rimar assim

Foi por ordem do Criador

Vem a luz da lua enfim

Na hora em que o sol se por

Eu sindo me faltando o chão

Mas não vai faltar canção

Na minha criança interior.

Eu posso até ser condenado

Mas farei sempre um clamor

Quero mostrar o meu lado

De humilde compositor

E de um poeta apaixonado

E portanto um sofredor

A paixão eu sou predestinado

E rendo a DEUS o meu louvor

Eu sou bastante simples , juro

E tem até medo de escuro

A minha criança interior.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 17/04/2009
Código do texto: T1543581
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