Antônio Silêncio

Foi no coração desse moço

Que toda prosa ressurgiu;

Um alvoroço

O coração invadiu.

E por mais,

Muito mais,

Que o silêncio defina a razão

No coração

Desse menino.

E por mais,

Muito mais,

Que esse Antônio seja Sebastião

No coração

Desse menino.

Ele é um manso de flor

Que combinava trovas e versos

Pra o seu amor

De traços reversos.

E por mais,

Muito mais,

Que o silêncio defina a razão

No coração

Desse menino.

E por mais,

Muito mais,

Que esse Antônio seja Sebastião

No coração

Desse menino.

Prova de tortura,

Rede é manha.

Sexo e loucura,

O canto ganha.

Subsidiado pela usura,

Colhendo tudo o que planta.

E por mais,

Muito mais,

Que o silêncio defina a razão

No coração

Desse menino.

E por mais,

Muito mais,

Que esse Antônio seja Sebastião

No coração

Desse menino.

Na fronte do mês de março,

Em toda a orgia dos clamores

Vem castigado

De penitências e amores.

E por mais,

Muito mais,

Que o silêncio defina a razão

No coração

Desse menino.

E por mais,

Muito mais,

Que esse Antônio seja Sebastião

No coração

Desse menino.

Homem de tal firmamento

Talhava o céu de seus desejos

E o escurecimento

Faz ele ganhar manejos.

E por mais,

Muito mais,

Que o silêncio defina a razão

No coração

Desse menino.

E por mais,

Muito mais,

Que esse Antônio seja Sebastião

No coração

Desse menino.

Prova de tortura,

Rede é manha.

Sexo e loucura,

O canto ganha.

Subsidiado pela usura,

Colhendo tudo o que planta.

E por mais,

Muito mais,

Que o silêncio defina a razão

No coração

Desse menino.

E por mais,

Muito mais,

Que esse Antônio seja Sebastião

No coração

Desse menino.

Bento Verissimo
Enviado por Bento Verissimo em 20/04/2009
Código do texto: T1549007
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