DESENCONTROS DO TEMPO (bolero)

Obs.: ainda não foi gravada. Para apresentação e avaliação dos profissionais do ramo.

Quando reparo nos contornos do horizonte,

no detalhe aquela fonte

que brota no alto do espigão.

borbulha a água lá na verde capoeira

faz-se riacho que se esgueira

serpenteando ao rés-do-chão.

tem seus segredos incomuns a natureza

que demonstra sua beleza

em diferentes dimensões

enquanto a fonte rega o verde paraíso

cresce a chama em teu sorriso

com o incêndio das paixões.

Estribilho

hoje és apenas uma linda adolescente

e a jovem planta da vertente

já é promessa de verdes grãos

e quando ela já me der seu doce amido

continuarás fruto proibido

fora do alcance das minhas mãos

ainda és menina de alma pura e inocente

mas no corpo lentamente

cresce o embrião do amor

ao mesmo tempo eu já sou homem vivido

que caminha no sentido

da velhice, sem temor

neste estágio infestado de motejos

de cobranças e desejos

resta o direito de sonhar

enquanto a água segue à força a sua sina

o ser humano se determina

faixa etária para amar

estribilho

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 21/09/2009
Reeditado em 21/09/2009
Código do texto: T1822297
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