GENTE SOFRIDA

Minha gente sofrida

Ressequida por várias espécies de fome

Em ti, a ignorância

É a fome que mais come.

Para quê tanta supertição

Cabala, incenso, astral e outro tal

Fiapo de alma triste num breve alçapão

Escape, corra logo do bicho-papão.

Se durante a enfadosa existência

Na sua desumana experiência

A vida é mero acidente de coincidência,

Há Jesus, o homem que carrega cruz

A cruz sem poesia que rima com luz.

Minha gente não seja esquecida

Lembre-se do calvário real do Rei

Que rompendo justiça e lei

Inventou nova porta e nos apontou a saída.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 25/03/2010
Código do texto: T2158232