Na Cidade de Mato Verde

Canjerê (rascunho para uma letra) VII

NA CIDADE DE MATO VERDE

"Um dia,

Num lugar onde se ouvia as três marias a fofocar,

Escutei algo que não podia

Menino algum escutar.

Uma delas disse às outras,

Que são duas velas que nos vela,

Uma, que fica com a gente,

E outra, que fica com ela.

E esse lugar é Mato Verde...!"

Na cidade de Mato Verde

Se conhece o interior

De nós,

Do país,

Do mundo!

O interior de qualquer senhor,

Seja Barão, Burocrata, Burguês

Seja Político ou cidadão inglês,

Em Mato Verde,

Há de se revelar,

O que você é,

O que eu sou,

O que eles são...

E ninguém é mal, ninguém nasce mal, ninguém fica mal por nada,

Essa corrupção, tudo desigual, tudo coisa mal pensada,

Quem veio do ventre,

Quem veio do seio,

Nasceu uma pessoa amada,

Se o mundo lhe muda,

É que sua vida é muda,

Surda, cega e deformada!

Mas em Mato Verde,

Tudo há de se revelar,

O que há de bom na gente,

O que há de bom no mundo,

O que há de bom na vida!

Em Mato Verde,

Há de se revelar,

O ser feito na gente,

Que a gente deixou passar,

Em Mato Verde,

Há de se revelar,

O mundo feito pra gente,

Que a gente tem que salvar.

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Guilherme Bastos L
Enviado por Guilherme Bastos L em 31/05/2010
Código do texto: T2291116
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