Natalia
Meu anjinho não sabe
Mas o que devo dizer?
Se há no que pensar
Se há o que fazer
Talvez o errado seja eu
Talvez seja dor aqui
Que me impede de esperar
Inconseqüente para ser feliz
Da forma que pensa ser mais livre
Presa na vontade alheia
Tão fútil ó decadência
E qualquer um será tão melhor que eu
Não fui eu quem quis assim
Eu nunca quis assim
Ainda sei que vou estar mal
Hoje eu quero o fim
Gosto tanto de você...
Mas, já ouviu falar de amor próprio?
Eu ainda tenho o meu
Tão podres os seus sentimentos
Um infinito como adeus
E ainda quer batalhas?
Pode mesmo resistir?
Agüentaria estar sozinha
Enquanto estou só aqui?
Pede me dizer
Algo que faça bem?
Traga-me uma esperança
Mas tenha também
Não fui eu quem quis assim
Eu nunca quis assim
Ainda sei que vou estar mal
Hoje eu quero o fim
Gosto tanto de você...
Me desculpe a sinceridade
Ela sempre dói
Eu não conheço lindas palavras
Para dizer por nós
Mas o mundo se compõe
De trágicos hinos de decadência
Os versos de morte hoje me vêm
Para explicar minha demência
Eu ainda acredito em raros finais felizes
Aqueles que nem sei se um dia eu vou ter
Nessa vida de expressões tristes
Queria agora ter algo feliz para lhe dizer
Antes que o sol maltrate nossas faces
Doendo em calor com sólido adeus
E suas mãos poderiam me puxar
Juro, eu sairia desse adeus
Tão meu
E você pode dizer tudo
Mas, Natalia, não me diga que eu menti.
Que não gostei de você
Você não sabe o quanto sofri....