COR COR

Longe de mim imaginar

como imagino agora!

que outrora mal podia ver

seu nome pintado na tela

e já sabia a trela que ia me dar,

que viria a noite eu a viria passar

que de repente a manhã me fazia acordar

me dizendo a hora deitar...

Longe de mim imaginar

como imagino agora!

que não mais é cor tão bela...

que te vejo e desvio pra outro canto da tela

Aquela, rio, a grande do grande do sul

seu céu azul só me faz anoitecer

quem te viu e me vê longe de você

poderá contar a minha história

Longe de mim cair pois sem tripé!

quem vai com coragem não precisa de fé

senão naquilo que ainda há de aprender

e há de ser, ouvir, ver e sentir

que há de ser incorporado a si

Imanente forma de força externar!

ser de repente o canto ao qual escutar,

ser reluzente luz no céu azul

pálida, intrometido – cruzeiro do sul!

Andrié Silva
Enviado por Andrié Silva em 21/10/2010
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