COR COR
Longe de mim imaginar
como imagino agora!
que outrora mal podia ver
seu nome pintado na tela
e já sabia a trela que ia me dar,
que viria a noite eu a viria passar
que de repente a manhã me fazia acordar
me dizendo a hora deitar...
Longe de mim imaginar
como imagino agora!
que não mais é cor tão bela...
que te vejo e desvio pra outro canto da tela
Aquela, rio, a grande do grande do sul
seu céu azul só me faz anoitecer
quem te viu e me vê longe de você
poderá contar a minha história
Longe de mim cair pois sem tripé!
quem vai com coragem não precisa de fé
senão naquilo que ainda há de aprender
e há de ser, ouvir, ver e sentir
que há de ser incorporado a si
Imanente forma de força externar!
ser de repente o canto ao qual escutar,
ser reluzente luz no céu azul
pálida, intrometido – cruzeiro do sul!