Daltonismo amoroso
Quando se ama,
Podemos ver...
Várias cores aparecer.
O céu é da cor da lua! Cheio de estrelas...
O mar é da cor das montanhas.
E suas ondas são delineadas por manhas rosadas.
A cara de peido é felicidade.
A cor da terra é saudade.
O toque de mão é azul!
A cara pintada não é mais urubu.
O preto é caboclo.
Ô loco, que cor ele tem.
Mas quando se toca na mão da menina,
Não se sabe dá timina com guanina.
Vermelho ou verden.
A cor do beijo de quando se ama
Não é mais vermelho, é suspeito.
Aqui em Belém.
O abraço é fogo...
Tou ficando louco e roxo de tanto amor.
Na minha cabeça
Não estabeleça nenhum comentário...
Pois diga seu Mário,
Qual é o remédio que cura
A pura, ilusão de amar o amor, da cor de uma flor?
Porque quando abrimos os olhos.
Os ovos são ovos.
E tudo é tão escuro outra vez...