CHUVA NO NORDESTE.
Manoel Lúcio de Medeiros.
No meu Nordeste, quando chove,
Tudo fica tão bonito
Que na gente da vontade de chorar!
A terra é boa e dá de tudo que se planta,
Cabra macho não se cansa
De a enxada arrastar!
No horizonte, quando o trovão estronda,
A nuvem que no céu ronda
Já começa a desaguar!
E a babugem cresce logo aqui na terra,
O verde cobre a serra
E o gado vai pastar!
Coro
Chegou, chegou, a chuva no meu sertão!
Eu vou encher, o meu silo com feijão!
Eu vou colher, melancia e melão!
Eu vou comer, guiné, piquí com baião!
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