Um poema não nasce aleatória e momentaneamente no poeta. Simplesmente já estava no seu coração desde o instante em que nasceu.  Penso que uma distância de dez mil anos-luz seria a que separa este modesto aprendiz do grande poeta Castro Alves.  Entretanto, ás vezes, eu consigo agregar e colocar nos seus devidos lugares as palavras que exprimem o meu sentimento amoroso. Com elas formo alguns versos válidos. Agora, diante dessa paisagem com os pássaros no céu e o coração feliz inspirou-me a alegria de homenagear nosso mestre no seu dia.
( CLEMENTINO, o poeta de São Sebastião ). Guarulhos, 14/03/2015.
 
 

O CIRCULO DAS GAIVOTAS



 
 
Sinto as carícias macias                    
Da brisa tocando levemente
Meu rosto de tantas maresias
Úmido, triste e tão carente.
As praias e marés mesmo vazias,
Completam a beleza pungente.
Em círculo as gaivotas no céu
Num vôo muito bem ensaiado
Como numa tela feita a pincel
Parece que é tudo planejado.
Forma um lindíssimo painel
Deixam-me bem impressionado.
Se quisermos nós podemos voar.
Porem só usando instrumentos
Próprios e feitos para flutuar
E no ar absorver os tormentos.
Assim, quando estivermos no ar.
Teremos amor nos pensamentos.
No espaço, no ar, no vazio.
Só o amor e fé são duráveis.
Sentimos dores e muito frio







Nota do autor:
01)  Relendo este texto que inicialmente nasceu como um poema  (O AMOR ESTÁ NO AR), e, com a carinhosa sugestão contida no comentário de uma leitora, nele inseri uma linha melódica e o tranformei numa canção tão suave e romântica quanto o seu teor, no entanto mudando o seu título, como aqui está.
02) modificada hoje, 14/03/2015 para homenagear Castro Alves - (Antonio Frederico de Castro Alves) - (1847-1871).