NADA HAVER

As vezes o som me deixa no ar

Algumas palavras,

Me fazem respirar a vida,

E assim vou levando o que eu não levo

Eu morro e ele continua o velho tempo

Uma introdução nos mesmos acordes

De tão simples o simples é que fode,

A letra muda procurando coerência

O ritmo é o mesmo,

A vida é a mesma,

Muda o sentimento,

Não muda minha mesa de lugar

Nada haver...

Quem disse que teria que haver

Tente interpretar o brilho de um olhar distante.

Jogos de palavras,

Rimas inconstantes,

Uma caneta, um papel,

Um violão e uma amante.

Uma garrafa vazia

E vinho sobre a mesa,

Um drink na sala com vodka e cerveja.

Nada haver quem disse que teria que haver

Uma história ou um final pra terminar?

Jogos de palavras,

Rimas inconstantes,

Uma caneta, um papel,

Um violão e uma amante.

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Extraído do 14º disco de composições de Tiago Henrique: Flores de ferro (2006-2007)