Ilustração de Henrique Secundino.
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MOTOR ENVENENADO
Gênero: Sertanejo de raiz.
Cada vez que tiro folga / Do meu trampo na usina,
Pego meu carrão antigo, / "Bebedor" de gasolina,
Que me faz perder o sono / Quando vai pra oficina,
Comprado no Paraná / Quando estive em Londrina!
Motorzão, oito cilindros, / Com seu ronco de turbina,
Sai tiro do escapamento, / Barulho de carabina!
Novo som, volume alto, / Coisa que veio da China...
Vem bronca da vizinhança / Quando trisco na buzina!
Eu derrapo, pedras voam, / Quebro mais uma vitrina!
Tenho de encarar o guarda / Que me espera na esquina...
Meu colega de viola, / Boa-praça, gente fina...
Talão de multas na mão, / Exigindo disciplina!
Quando entro no meu clube, / Vou direto pra piscina,
Depois vou dançar forró, / Sempre existe alguém que ensina!
E depois de umas e outras / Lá no balcão da cantina,
Volto aos meus dezoito anos, / Jogo charme pras meninas!
Bem depois da meia-noite, / Madrugada de neblina!
De volta pra minha casa / Lá na sopé da colina,
Encaro a realidade, / Meus problemas de rotina,
Bateria arriada... / Meu sufoco não termina!
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MOTOR ENVENENADO
Gênero: Sertanejo de raiz.
Cada vez que tiro folga / Do meu trampo na usina,
Pego meu carrão antigo, / "Bebedor" de gasolina,
Que me faz perder o sono / Quando vai pra oficina,
Comprado no Paraná / Quando estive em Londrina!
Motorzão, oito cilindros, / Com seu ronco de turbina,
Sai tiro do escapamento, / Barulho de carabina!
Novo som, volume alto, / Coisa que veio da China...
Vem bronca da vizinhança / Quando trisco na buzina!
Eu derrapo, pedras voam, / Quebro mais uma vitrina!
Tenho de encarar o guarda / Que me espera na esquina...
Meu colega de viola, / Boa-praça, gente fina...
Talão de multas na mão, / Exigindo disciplina!
Quando entro no meu clube, / Vou direto pra piscina,
Depois vou dançar forró, / Sempre existe alguém que ensina!
E depois de umas e outras / Lá no balcão da cantina,
Volto aos meus dezoito anos, / Jogo charme pras meninas!
Bem depois da meia-noite, / Madrugada de neblina!
De volta pra minha casa / Lá na sopé da colina,
Encaro a realidade, / Meus problemas de rotina,
Bateria arriada... / Meu sufoco não termina!
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