Vidas ceifadas

Venda e consumo de drogas espalhando terror

Cracolândia pelo território brasileiro se alastrou

Menino inocente, submundo conquistou

Vida louca, é só mais um que nesse mundo entrou

Pano de marca, tênis e relógio da hora para usar

Soldado do crime, outro fudido na vida

Que o reino do crime trouxe para trabalhar

Vida curta, aos vinte seis o infeliz nem chegou

Violência anunciada, sentença dada, vidas ceifadas

Choro e lamento mais um perdido que pro infinito voou

Treze tiros na cara e um na mão... Menino zica,

Pagava de cordão de ouro e celular no pescoço

ouvindo pancadão, comendo chocolate e baseado na mão

Nesse fluxo não há absolvição, vacilou dançou

Opinião publica se comove, querem a sua redenção

É só mais um “de menor” de arma não mão

Roubando e matando sem perdão,

Quem sobrevive tem que cumprir

Fundação casa, mais três meses de punição

Família que não está unida perde a sua razão

Seus filhos não souberam educar nem cuidar

Infelizmente agora vai ter que ajoelhar e rezar

Estado incompetente, gere gente carente

Casa popular, bolsa família, muita gente para salvar

São apenas outros programas socias, prolongando e entretendo

O desejo e a esperança dos de baixa renda, meu irmão...

E nesse ritmo frenético vamos nós diluindo sem absolvição

O que fazer então? Eu quero é uma solução?

Massacre no México e morro do Alemão, hoje nos servem de lição

Marcello dos Anjos
Enviado por Marcello dos Anjos em 18/07/2011
Reeditado em 21/10/2012
Código do texto: T3102346
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