QUERO ME ACHAR.

Quero desatarrachar minha vida,

descobrir as saídas,

perder o rumo, achar o sumo, renascer, ser.

Quero recuperar a minha alma,

encontrar meus olhos, meus braços, meus ossos,

me achar, me achar, me achar, achar.

Por certo terão novas gentes nesse circo,

por certo terão novos genes neste rincão,

por certo terão novos filhos neste atalho,

por certo terão novos peitos neste coração.

Mas as cores do medo gritam mais alto,

as vozes do sono capam meu sangue,

as pedras do coração descabelam meus passos,

quero me achar, me achar, me achar, achar,

o que será de mim?

São tantos poleiros vazios, tantas câimbras a marear,

os passos ficam meninos, desavarandam até morrer,

volta pra cá, vem, onde você está?

Por certo terão novas gentes nesse circo,

por certo terão novos genes neste rincão,

por certo terão novos filhos neste atalho,

por certo terão novos peitos neste coração.

Quero me achar, me achar, me achar, achar.

Hoje não tem mais festa, o que nos resta é isso,

minha língua te deixa à míngua e você não me vê,

quero me achar, me achar, me achar, achar.

Por certo terão novas gentes nesse circo,

por certo terão novos genes neste rincão,

por certo terão novos filhos neste atalho,

por certo terão novos peitos neste coração.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 19/07/2011
Reeditado em 19/07/2011
Código do texto: T3104127
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