Cidade marginal
Guarulhos, cidade marginal a beira do caos
Guarulhos, cidade da riqueza
E da desigualdade social
Nela, não há tantas belezas
Para admirar...
Muitas ruazinhas estreitinhas
Buracões e calçadas apertadinhas
Para nelas você tentar andar
Guarulhos, nela morros não existe
Mas favelas umas vinte...
Projeto do governo não esconde sua vergonha...
Derramada dentro de um cálice de desordem e injustiça urbana
Guarulhos cidade marginal, onde nela beira o caos
Final da década de noventa,
O local,
A Câmara municipal
Palco de conflito social
Vereador algemado como ladrão,
Dentro do camburão
Roubando o povo
Sem dó nem compaixão
Anos de dois mil, pleno século vinte e um
Jardim Novo Portugal, desapropriação
Muito choro e comoção, mesmo assim
Para o Aeroporto quererem sua ampliação
Projeto do metrô e do trem, para Guarulhos
Até hoje, ainda não saiu do papel
Parece até a construção do estádio da fiel...
Agora, até querem implantar
Trecho Norte do Rodoanel
Sem ao menos o povão consultar
Guarulhos, cidade marginal e do caos
No centro quem vai de carro se surpreende
Não dá nem para andar
Resultado da incompetência de quem cuida do trânsito ou de muita politicagem, engenharia ou patifaria?
Na Praça Getúlio Vargas, feirinha do rolo
Faz a alegria da melhor idade
Trocando relógio e pulseirinhas
Os velhinhos conversam a vontade
Gente invisível anda por todo lado...
Enquanto meninos de rua tomam banho
No chafariz instalado bem ali
Policia do outro lado
Faz que nem viu
Não e problema seu
E ai dane-se
Quem a eles pariu
Guarulhos, cidade marginal...
De alguma beleza e também do caos