NUMA ESTAÇÃO DE TREM
Estamos muito perto
Ao mesmo tempo longe
Tudo é tão incerto
Nos foge ao controle
E um segundo é o bastante
Pra mudar toda uma história
Uma garota que vivia só
E um garoto que vivia só
E seus passos se trombaram numa estação de trem
E seus passos se trombaram numa estação de trem
Mas o destino não era o mesmo
Ele iria p’outro lado
Ele iria do avesso
Ela era de aquário
E ele era de peixes
Cabia dentro dela todos seus anseios
Mas eles nunca (nunca)
Eles nunca se encontraram
Nem se conheceram
Cruzaram um olhar que pertenceu aquele tempo
E nada mais
Ela andava reparando em paisagens diversas
Ele seguia sua vida sem nenhuma pressa.
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Extraído do 21º disco de composições de Tiago Henrique: Ao lual (2009)