Não solte minha mão!

O sol insiste em soltar faíscas,

É como a eletricidade que ilumina a escuridão,

Eu já posso partir, quando o corpo parar de respirar,

Eu não poderia ter você em outro momento,

Os relógios ficam sombrios e o tempo escava minutos.

Como um gelo o futuro parece realmente boiar,

Meus olhos podem se abrir depois de tanto tempo fechados,

Você traçou rotas e por elas pode me guiar,

E no meio daquele denso frio que repentinamente aparece,

Vejo me tocando seus lábios quentes que me aquecem,

Perco peças que aos poucos se esvaem,

Tropeço em pedras criadas pelo destino,

E la está você rente a minha cintura pronto para me segurar.

Os pesadelos somem, e o arco - íris aparece,

Reconheço o inevitável,

Reconheço o tempo que sempre caminhou ao meu lado,

Você consegue me satisfazer?

Então garoto, não solte minha mão.

Bebida quente nos aguarda na mesa,

E com um cálice preso em minhas têmporas,

O liquido jorra explosões que nos fazem tocar os corações,

E como uma brisa leve, a lua ilumina nós dois.

Pensamentos abrem novos espaços aqui dentro,

Há um instrumento perpétuo que trafega em minhas veias,

Mata a desconfiança, alimenta o prazer,

Palavras esta noite quase não serão usadas.

Não solte minha mão quando for pular penhascos,

Leve me junto e saltaremos sobre as nuvens do manhã,

Os céus se perdem e se encontram em sintonia tênue,

Pare o tempo e fique comigo mais uma noite.

Priscila Czysz
Enviado por Priscila Czysz em 24/12/2011
Reeditado em 22/01/2013
Código do texto: T3405168
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