Auto de Santa Maria

Ninguém sabe o quanto sofro eu

Nos dias distante de você

O que eu queria lhe dizer

Eu não digo pra ninguém

E sempre fico na esperança de você aparecer

E dizer que me ama também

Não cabe mais no meu peito

A batida dos nossos corações

Que batem movidos no efeito

Que provocam nossas paixões

Paixões por nós e paixões por outros

Não importa o que nos toca

Somente o que nos agrada

Mas não o que nos sufoca

Agora já são onze e quarenta da noite

O meu corpo suado mal agüenta

A solidão de estar só neste caminho

A condição de estar aqui sozinho

Antes que o dia acabasse

Pensei como tudo seria se eu não amasse

Vi que seria ruim:

Eu não sentiria esta saudade

Mas teria que ficar em mim

A dor de arcar com a realidade

Agora já são onze e quarenta da noite

Mas hoje é como se não fosse

A noite, madrugada, fria em você enluarada

O manto dos teus castanhos de apaixonada

Rege o agrado doce que eu desejo

O fogo se vai em poesia, verso e beijo

Ninguém sabe o quanto sofro eu

Nos dias distante de você

O que eu queria lhe dizer

Eu não digo pra ninguém

E sempre fico na esperança de você aparecer

E dizer que me ama também

E não creio em nada

E a minha felicidade

É a tua alegria

Não creio nas facilidades

Só creio em Santa Maria