CAVALO DISPARADO

Amanhã vou embora,

vou arrumar minha mala,

dou adeus à senhora,

um adeus que não pára.

Estou ficando velho,

triste e encabulado

de viver aos teus pés

sempre acorrentado.

Sou um galope de sete léguas,

pelos verdes da campina

a procurar por tuas éguas,

fogo e força feminina.

Sou a palidez da lua,

o calor que te arrepia,

luz naturalmente nua;

sou o corpo que te aninha.

Estou ficando livre

como pássaro novo;

meus momentos que tive,

tão feliz, tão nervoso.

Estou virando moço,

um moço assanhado,

procurando viver

Num cavalo disparado.

Sou um galope de sete léguas,

pelos verdes da campina

a procurar por tuas éguas,

fogo e força feminina.

Sou a palidez da lua,

o calor que te arrepia,

luz naturalmente nua;

sou o corpo que te aninha.

Mestre Malakazhan
Enviado por Mestre Malakazhan em 16/04/2012
Código do texto: T3615879
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