CALANGADA

Calango viu a calanga

E logo calango foi.

Calango quis a calanga,

Mas calango era boi.

Calango viu a calanga

No rabo da cotovia.

O calango era noite

E a calanga era dia.

Calanga tomou garapa,

Calango bebeu cachaça.

Calango quase derrapa

E quase cai na desgraça.

A calanga adormecida

E o calango de olho,

Quero o rabo da calanga

O resto deixo pro molho.

Quando for de manhãzinha

Eu caso com essa calanga

E se não me casar com ela,

Dou na tanga e na manga.

Calango viu a calanga

E logo calango foi.

Calango quis a calanga,

Mas calango era boi.

Calango deu na calanga,

Que o rabo dela quebrou.

E quando viu o estrago,

Calango, se apavorou.

Calango desceu a serra,

Na Lei Maria da Penha,

Pois aplicou na calanga

Um grande lasco de lenha.

Calango foi pra cadeia

E escreveu pra calanga

Pedindo perdão à pisa,

Pela tanga e pela manga.

Calanga se arrependeu

E a queixa removeu.

Calango foi pra calanga

E o rabo dela cresceu.

Calango viu a calanga

E logo calango foi.

Calango quis a calanga,

Mas calango era boi.

Arranjaram uma toca

Bem debaixo dum lajeiro,

E quando chega cachorro

Calango corre ligeiro.

Calanga deu a calango

Ninhada de calanguinho.

Estranho é que tinha um,

Um tanto quanto branquinho.

Calango achou estranho

E pensou que era boi

Se tinha outro calango

E logo calango foi.

Perguntou para calanga,

Com todos juntos à mesa

Se esse calango é meu

Sua calanga tá acesa?

Calango viu a calanga

E logo calango foi.

Calango quis a calanga,

Mas calango era boi.

Mestre Malakazhan
Enviado por Mestre Malakazhan em 26/04/2012
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