Cachaça barata

Sempre disse que era romântico;

tinha sonhos, queria amor,

recitava poesias e murmurava cânticos.

Agora vive sozinho no arrependimento

porque seu tempo já passou,

mas ainda estão por vir todos os tormentos.

Uma alma amargurada que ninguém mais quer;

cheia de falsidade, pomas roubados

e nenhuma mulher.

Reclama para quem não se importa

daquilo que jamais voltará a ter,

porque então dessa maneira se comporta?

Será que não percebe que esta colhendo o que plantou?

Suas flores já estão mortas,

assim como o coração que um dia roubou.

A culpa é toda sua, desculpe por falar a verdade.

Espero que se afogue num barril de cachaça,

chorando, desesperado, à realidade.

Bárbara Guerra
Enviado por Bárbara Guerra em 07/05/2012
Reeditado em 05/06/2012
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