NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO
Entre mar e maresia
Existirá uma semente
Um paraíso maltratado
E um veio de águas sujas
Um gosto amargo de veneno
Quão dois olhos de coruja
Que ateiam seu passado
Refletindo em sua mente
Ouro, prata e diamante
Figurinos de serpente...
Bata as asas gaivota
Mato verde e céu azul
Entre rochas e rochedos
Papa-ventos norte e sul
Dentre balas e torpedos
Vindos de um mundo além
Frutos da imaginação
Feche as asas gaivota
Pra aquecer o seu irmão
Um peregrino maltrapilho
Ou um mulambo de canhão
Pinga gotas de colírio
Nos olhos dessa ilusão...
Talvez seja um fogo acesso
A arder num mar de chamas
Ou quem sabe só se inflama
Quando queima esse brasão!
Autor: Valter Pio dos Santos
02/Mar/1984