Reviver tudo tudo de novo.

Muito boa noite meu amigo roceiro

Me permita entrar na tua palhoça

E com esse meu jeito de cancioneiro

Vamos falar um pouquinho da roça.

Vou de dizer que eu tambem vim de lá

E até hoje ainda não pude esquecer

O gorgeio de um humilde sabiá

Revelando a beleza do entardecer.

A chuva branca que desponta na serra

Lá no banhado reclama uma saracura

O suave trilar de um canário da terra

Mãnhã de neblina com intensa brancura.

Uma pequena cigarra um tanto agitada

Prevendo a agonia de um um lindo verão

Lindas noites quentes de lua prateada

Que ainda me inspira singela canção.

Agora te agradeço amigo por ouvir

O saudosismo insistente desse trovador

Que embora tenha um coração a sorrir

Traz aqui no peito o amargo de uma dor.

A voltande imensa de voltar pra fazenda

E outra vez reviver tudo tudo de novo

Sentir o cheiro da garapa na moenda

E declarar que é que está o meu povo.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 16/06/2012
Código do texto: T3727825
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