Entrelinhas
O verso mais concreto é aquele que completa
As linhas tortas, curvas cegas da tua vida
Dando sentido à tudo aquilo que se quer
Mesmo querendo não entender o que se ver
Fazendo arte em folhas brancas de papel
Anunciando em toda parte esse cordel
Nas rimas vagas, sua voz é seu poder
Não deixe que ninguém lhe impeça de crescer
Agora durma e ouça lentamente o som da voz
No seu ouvido falar coisas sem sentido
Mentiras certas, abstratas e sensatas
Qualquer coisa que traga razão à nós
Nas entrelinhas da loucura perdidas na calmaria
Poemas, cartas de amor guardam histórias esquecidas
Descompassadas e inocentes, ocasião quem faz a gente
Acreditar em meios termos ditos ocasionalmente
Essas palavras repetidas causam angústia e aflição
Não são sinceras menininha, elas não são de coração
Manipuladas pela inveja elas são armas do temor
Ofuscam vidas como rosas que perderam seu odor