Sentidos Confusos
Fatos do passado renunciam o presente
O futuro é a incerteza que sempre confunde a gente
Abstrata ignorância achar que a imaginação
É um complexo perfeito pra refúgio em solidão
Outro dia vi ao longe você caminhar sozinha
Sem destino, em surdina, parecia imprecisa
Como um pássaro largado em seu ninho de união
Esperando companhia que vinha na contramão
Não possuímos as certezas que queremos
Já não fazemos mais por onde merecer
Eu só queria amanhecer em outro tempo
E entender o que é preciso pra gente poder viver
Pergunto ao mar por quê ele está tão revoltoso
Pergunto ao sol por quê ele insiste em aquecer
Pergunto ao tempo quanto tempo ainda temos
Antes que todo esse vento leve embora o saber
Você insiste em caminhar sempre sozinha
A opção te faz refém da indecisão
Não me ignora, por favor, não vá embora
Só me abraça, fecha os olhos e segura a minha mão
Já não sabemos as certezas que queremos
Já não fazemos mais por onde merecer
Eu só queria amanhecer em outro tempo
E acabar com esse tormento que eles chamam de viver