Ciranda de Botequim

Eu vou pular dessa varanda

E mergulhar em seu jardim;

Bebendo água de botequim;

...E nos meus olhos jasmim.

Vou tombar nessa ciranda,

Mas cortarei sua beleza,

E no jantar virarei a mesa;

Servindo sangue, meia luz acesa.

Quanto mais injúria canta,

Rodopia essa tristeza

Em janelas na lembrança,

Entre a ilusão e a certeza

Eu vou dar a meia volta;

Volta e meia, vou dar;

E embriagado de revoltas,

Na ciranda vou girar.

O anel que tu me destes

Era vidro e se quebrou,

O amor que tu me tinhas

Era pouco e se acabou.

Mestre Malakazhan
Enviado por Mestre Malakazhan em 11/08/2012
Reeditado em 11/08/2012
Código do texto: T3824546
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