Tudo errado

Sapiente deveras sente

o desprazer da vida

Do que dela não se extrai,

de que nela o homem trai, não atrai.

Do que dela o cigarro não apaga.

Da política do "não pense", panis et circense.

O abstruso é apunhalado pelo supérfluo,

o homem come na mão do diabo e vomita na Prole

A sociedade pariu a escória que agora busca glória,

descabida no imperpétuo.

Promove a prerrogativa dos porcos

que não comove o imáculo humano,

nem isenta ninguém de engano

Doce devaneio, doce utopia, doce clichê.

Da hóstia que recebeu Pinochet,

de Pio que vê recreio em Hitler

do segregante salvo pelo negro

quem é que garante o emprego?

Felipe Abreu
Enviado por Felipe Abreu em 26/09/2012
Reeditado em 20/07/2015
Código do texto: T3902036
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.