Tudo errado
Sapiente deveras sente
o desprazer da vida
Do que dela não se extrai,
de que nela o homem trai, não atrai.
Do que dela o cigarro não apaga.
Da política do "não pense", panis et circense.
O abstruso é apunhalado pelo supérfluo,
o homem come na mão do diabo e vomita na Prole
A sociedade pariu a escória que agora busca glória,
descabida no imperpétuo.
Promove a prerrogativa dos porcos
que não comove o imáculo humano,
nem isenta ninguém de engano
Doce devaneio, doce utopia, doce clichê.
Da hóstia que recebeu Pinochet,
de Pio que vê recreio em Hitler
do segregante salvo pelo negro
quem é que garante o emprego?