Um monólogo.

De que vale esse meu romantismo

E esse meu jeito carinhoso de ser

Pra que no meu verso algum lirismo

Se ela ignora e insiste em não ler.

O que importa ser um trovador

E ter o dom sublime de escrever

Se eu só aprendi falar de amor

E isso as vezes é dificil entender.

De que adianta palavra bonita

Pra ficar jogada em um canto

Deixando a alma ansiosa e aflita

E um olhar umedecido de pranto.

Um monólogo nem sempre resolve

É uma coisa meio que unilateral

Mesmo se chama atenção,não envolve

É como uma desconhecida peça teatral.

Ser um trovador ou ser um nada

Acredito nem ser essa a questão

Mas despediçar uma bela madrugada

Nunca esteve nos planos do meu coração.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 26/12/2012
Código do texto: T4053223
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