Era Psicodélia
Sopa de estrelas no caldeirão via láctea
Pingos de pesadelo escorrendo na face
O guerreador rasgou a cortina da paz
Um pacote de almas recheadas para o lanche
Gotejando minutos do meu relógio proletário
E asas de lâmina fazendo o ar sangrar
Estávamos cozinhando o galo orador
No beco a reunião dos livros proibidos
Meu desenho animado vigia
a inibição que sempre foge
Marionetes implorando nas vitrines
Hoje fiz a felicidade de uma
Bolsas vazias sofrem por não ter
quem as amparem nos maus dias
Aréolas arremessadas para
entretenimento dos pecadores
Compartilhamos a fuga da marciana
em sua cápsula flutuante, pobre errante
Leões das jubas flamejantes
inspecionando o progresso
O ladrão de sonhos fora solto
Agora não podemos mais sonhar.