Era Psicodélia

Sopa de estrelas no caldeirão via láctea

Pingos de pesadelo escorrendo na face

O guerreador rasgou a cortina da paz

Um pacote de almas recheadas para o lanche

Gotejando minutos do meu relógio proletário

E asas de lâmina fazendo o ar sangrar

Estávamos cozinhando o galo orador

No beco a reunião dos livros proibidos

Meu desenho animado vigia

a inibição que sempre foge

Marionetes implorando nas vitrines

Hoje fiz a felicidade de uma

Bolsas vazias sofrem por não ter

quem as amparem nos maus dias

Aréolas arremessadas para

entretenimento dos pecadores

Compartilhamos a fuga da marciana

em sua cápsula flutuante, pobre errante

Leões das jubas flamejantes

inspecionando o progresso

O ladrão de sonhos fora solto

Agora não podemos mais sonhar.

Darcy Bulhões
Enviado por Darcy Bulhões em 14/03/2013
Código do texto: T4188322
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