TIRO DE AMOR

Se Deus me tivesse feito um poeta

Eu escreveria versinhos assim.

Falava das matas, rios e cascatas

Das paisagens belas dos sertões sem fim

Falava da terra, dos montes e serras

Onde o sol e a lua brincam de esconder

Depois de nos dar gratuitamente

A luz divina para que a semente

Que o homem plante possa florescer.

Se eu fosse um pracinha e tivesse que ir

De fuzil na mão defender minha terra

Eu daria um jeito e minha mochila

Enchia de flores colhidas na serra.

Eu ia na frente do meu pelotão

De fuzil na mão carregado de flor

No campo da luta enfrentava o perigo

Em cada peito dos meus inimigos

Dava com carinho um tiro de amor...

Itapuã
Enviado por Ailton Carvalho em 27/03/2013
Reeditado em 27/03/2013
Código do texto: T4210889
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.