Devaneio Noturno

inuar desnuviado, já pelas tantas da noite,

quando o silêncio preenche os espaços vazios,

quando os poetas despertam e suas canções,

soam para si com Harpas na Birmânia,

como sinos da morte e ainda, desvencilham-se dos fados,

e gotejantes caminham pelas estrelas dançarinas,

na transversal do tempo,

articulam o nada,

sincronisado com todos os corações ardentes,

atingem os cumes e desfrutam terroir,

banham as entranhas da felicidade e da melancolia

em cada margem existente nos rios imaginários.

Mentem, pois palavras são manipuláveis,

fragmentam-se, dançam sem critério,

querem, desquerem, se esquecem,

são o que são, não são

não,

nem isso

nega-ação

nega o não

diz

vão