Cinzeiro humano

O dia acabou e com ele os meus cigarros

A dor ficou e não tenho nem mais um trago

De uma bebida qualquer, que me anestesie

Eu só fico parado aqui, esperando aguém que me tire

Da inércia contradita, sem choro ou vela

Da minha sede e da minha miséria.

Ô seu moço, me arruma só um trago

Uma dose desse seu veneno

Pra que eu possa simular, por só mais 3 segundos

Com um futuro que não me atormente

E que eu tenha força, que eu tente

Ficar de pé até o fim desta noite dos moribundos.

O dia acabou e com ele os meus cigarros

A dor ficou e não tenho nem mais um trago.

Bárbara Guerra
Enviado por Bárbara Guerra em 22/04/2013
Código do texto: T4254144
Classificação de conteúdo: seguro