Cativeiro
Sou grato pela vida que você me deu
Sempre caminhando por cima de suas pegadas
Seguindo a risca seus passos
Com medo de dar um passo em falso
Lhe agradar é minha ambição
Abro mão dos meus ideais pelos seus
Me alimento dos seus gostos
Respiro o seu ar
Quem sou eu?
Quem é esse que me encara no espelho?
Quando você me repreende
Por eu ter saído da sua linha
Meu coração se despedaça
Pois tenho medo de me libertar desse cativeiro
Quando você dorme, eu respiro aliviado
Me liberto desse peso em minhas costas
E começo a sonhar comigo novamente
Pelo menos, até que o cansaço me vença
E eu adormecer...