"Euterpe Olerácea" (Açaizeiro)

Não tens a altivez imperial

mas, como toda palmeira,

és relevo verde do azul celestial.

Não vens ao mundo só como a realeza.

brotas em grupo, formando touceira,

mas, tua graça, alegria e beleza

se derramam em verde no barrento da ribeira,

se derramam em verde no barrento da ribeira.

Da tua raiz às tuas folhas,

tiramos proveito de tudo:

celulose, álcool, ripas, vassouras,

caibros, remédios e adubo.

De todos os teus produtos,

existe um de maior tradição,

é teu roxo, quase negro, fruto

que no Pará se fez refrão,

é teu roxo, quase negro, fruto

que no Pará se fez refrão:

“quem foi ao Pará parou,

tomou açaí ficou.

Quem foi ao Pará parou,

tomou açaí ficou.”

No topo, do teu ventre, os cachos.

Teu fruto é baga pequena,

da cor dos lábios e seios

dos nativos de pele morena.

Tuas palmas, no balé da fé,

festejam, nas igrejas de Belém,

a entrada de Jesus de Nazaré

no solo-santo de Jerusalém,

no solo-santo de Jerusalém,

Teu caule é leito do amor

e testemunha em noite prateada

da boca ofegante do amante

pelo corpo da mulher amada.

Tu és o Açaizeiro

e o Açaí o teu fruto.

És a palmeira-símbolo

do norte brasileiro,

a palmeira-símbolo

do norte brasileiro.

Do teu fruto, o vinho-feitiço,

que teu povo poeta,

em refrão consagrou:

“quem foi ao Pará parou,

tomou açaí ficou.

Quem foi ao Pará parou,

tomou açaí ficou.”

A canção ea apresentação em Power Point - pps “Euterpe Olerácea” (Açaizeiro) encontra-se nesse mesmo “site” no endereço

http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/17008

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J Coelho
Enviado por J Coelho em 21/02/2014
Reeditado em 29/06/2021
Código do texto: T4700982
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