A Estiva
Meus passos se perdem
Nos grãos de areia
E ouço o lamento
Da linda sereia
Meus olhos se afogam
Lágrimas no chão
Ao ver o Navio Negreiro
Atracar
E eu na estiva
Açúcar e café
Corrente maldita
Beijando meu pé
Porões se abrem
É febre é dor
O sangue no casco
Cenário de horror
E eu ali
Por entre o suor
E a labuta
É resistência
É luta
Contra esse dissabor
Tinga das Gerais