A Estiva

Meus passos se perdem

Nos grãos de areia

E ouço o lamento

Da linda sereia

Meus olhos se afogam

Lágrimas no chão

Ao ver o Navio Negreiro

Atracar

E eu na estiva

Açúcar e café

Corrente maldita

Beijando meu pé

Porões se abrem

É febre é dor

O sangue no casco

Cenário de horror

E eu ali

Por entre o suor

E a labuta

É resistência

É luta

Contra esse dissabor

Tinga das Gerais

Mestre Tinga das Gerais
Enviado por Mestre Tinga das Gerais em 25/02/2014
Reeditado em 02/11/2014
Código do texto: T4705791
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