FESTIVAIS ETERNOS: " MARIA, CARNAVAL E CINZAS "

Esta canção obteve a quinta colocação no III Festival da Música Popular Brasileira, realizado pela Tv Record, em 1967, na voz de Roberto Carlos.

Nasceu Maria, quando a folia

perdia a noite, ganhava o dia.

Foi fantasia seu enxoval,

nasceu Maria no carnaval.

E não lhe chamaram, assim como tantas,

Marias de santas, Marias de flor.

Seria Maria, Maria somente,

Maria semente de samba e de amor.

Não era noite, não era dia,

só madrugada, só fantasia,

só morro e samba, viva Maria,

quem sabe a sorte lhe sorriria.

E um dia viria de porta-estandarte,

sambando com arte, puxando cordões

e em plena folia, de certo, estaria

nos olhos e sonhos de mil foliões.

Morreu Maria, quando a folia

na quarta-feira também morria

e foi de cinzas seu enxoval.

Viveu apenas um carnaval.

Que fosse chamada, então, como tantas,

Marias de santas, Marias de flor.

Em vez de Maria, Maria somente,

Maria semente de samba e de dor.

Não era noite, não era dia,

somente restos de fantasia,

somente cinzas, pobre Maria,

jamais a vida lhe sorriria.

E nunca viria de porta-estandarte,

sambando com arte, puxando cordões

e não estaria, em plena folia,

nos olhos e sonhos de seus foliões.

E não estaria, em plena folia,

nos olhos e sonhos de seus foliões.

Maria, Maria, Maria

VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=08Oq4EInpPE

Luiz Carlos Paraná
Enviado por Téo Diniz em 21/05/2014
Código do texto: T4814435
Classificação de conteúdo: seguro