PORTO SEGURO

Mesmo que em minha canção não jure,

Eu juro: quis ficar. Porém não pude.

Desculpe se feri teu coração.

Perdão pela minha atitude.

No dia em que eu parti, partiu também

O amor que entre nós dois havia.

Esqueça. Se em ti eu causei dor,

A dor maior, meu coração, triste, sentia.

E navegou por outro mar.

E não encontrou outro porto pra ancorar.

E fez-se forte ao fingir.

E fingiu-se forte, ao partir.

Se a tua alma ouvisse a voz da minha alma,

Se pensar, não tomarias decisão.

Sabe, meu coração era só teu.

Pra ser só meu, seria o teu coração.

Pois um amor que é leve e lindo, nunca fere.

E de tão puro, faz-se poema e oração.

Eleva-se além da tempestade e,

Da razão, faz sua própria razão.

E navega por outro mar.

E não encontra outro porto pra ancorar.

E faz-se forte ao fingir.

E finge-se forte, ao partir.

Porém, se algum dia, o destino,

Lembrar-se do sonho que um tempo eu sonhei,

Olha, eu digo e não me envergonho:

Onde quer que estejas eu te procurarei.

E te darei o mel, o mar, o meu amor...

E tu ouvirás a minha voz ante o meu grito.

E para sempre tu serás meu céu azul,

A minha estrela, universo e infinito.

O mar onde irei navegar.

Porto seguro onde irei ancorar.

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 11/05/2007
Reeditado em 13/05/2007
Código do texto: T483454