MIGRADOR
Sou livre como um rio,
fecundo, vou fluindo ao derredor,
feito índio arredio,
estrela da manhã é pedra mor.
Rosa dos ventos em minhas mãos
tanto encanto,
amores quantos são?
Não sou nem de criar raiz,
sou nômade,
sou migrador,
sou trovador,
Há o beijo e o corrupio,
a arrepio no fio das ilusões,
há o mundo e o desafio,
navio no mar febril de mil paixões.