MIGRADOR

Sou livre como um rio,

fecundo, vou fluindo ao derredor,

feito índio arredio,

estrela da manhã é pedra mor.

Rosa dos ventos em minhas mãos

tanto encanto,

amores quantos são?

Não sou nem de criar raiz,

sou nômade,

sou migrador,

sou trovador,

Há o beijo e o corrupio,

a arrepio no fio das ilusões,

há o mundo e o desafio,

navio no mar febril de mil paixões.

Delmo Biuford
Enviado por Delmo Biuford em 14/05/2007
Código do texto: T487272